A baixa educação financeira e a inexperiência em gestão estão entre os principais motivos que levam ao endividamento do empreendedor. Além disso, a ausência de recursos, a desorganização, a falta de um fluxo de caixa efetivo e de um DRE - demonstração do resultado do exercício - são fatores que contribuem para essa situação, bem como um planejamento financeiro mal feito ou inexistente.

Dentre as principais consequências, estão: a falta de liquidez da empresa, a perda de patrimônio, a falta de caixa disponível, a dificuldade na continuidade do negócio e na expansão, a negativação da empresa nos órgãos de proteção ao crédito e os processos judiciais de cobrança.

Para renegociar o endividamento, o empreendedor precisa: entender exatamente o montante e características da dívida atual; buscar opções de negociação, tanto com a instituição que originou a dívida, mas também com outras instituições financeiras, como bancos tradicionais e fintechs; ter um planejamento financeiro claro e que contemple essa renegociação. Só assim será possível entender se o negócio suportará o novo fluxo financeiro.

Manter o equilíbrio das contas deve ser uma das prioridades do empreendedor. Para isso, é necessário implementar uma gestão econômica e financeira efetiva na empresa, da mesma forma que ter um planejamento financeiro estabelecido e com um acompanhamento constante. Tal planejamento traz clareza ao empreendedor, mostrando a previsibilidade das entradas, das saídas e da lucratividade da companhia. Dessa forma, é possível evitar dívidas não planejadas.

Por fim, antes de qualquer investimento relevante, é crucial elaborar um estudo de viabilidade econômica-financeira prévio e contar com o apoio de profissionais experientes.