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Caderno B

Audiovisual celebra vencedores do edital 2019 da Fmac

R$ 15 milhões serão investidos na realização de festivais, curtas, longas e cineclubes

Por Victor Lima, com assessoria | Edição do dia 25/10/2019 - Matéria atualizada em 25/10/2019 às 13h24

Resultado do edital do audiovisual é anunciado
Resultado do edital do audiovisual é anunciado - Foto: Átila Vieira/Secom Maceió
 

A noite dessa quarta-feira (23) foi marcante para muitos produtores de Alagoas. Saiu o resultado do Edital do Audiovisual - Maceió 2019, a partir do qual serão produzidos doze curtas-metragens, três longas-metragens, três festivais nacionais de cinema, oito cineclubes e três telefilmes, além de ações de capacitação relacionadas ao segmento. A divulgação dos vencedores foi realizada numa sala de cinema do Parque Shopping e a relação com os nomes publicada no Diário Oficial do Município de quinta-feira (24).

O edital, viabilizado pela Prefeitura de Maceió por meio de uma parceria entre a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e a Agência Nacional de Cinema (Ancine), vai destinar R$ 6 milhões ao audiovisual. “O edital representa o aumento do PIB na comunidade cultural e a produção de arte e cultura de primeira qualidade. Tivemos uma surpreendente busca pelos projetos. Foram apresentados 126 projetos, destes, 33 foram premiados em seis categorias, algo bastante substancial. Nós comemoramos isso com muita alegria, pois representa a nossa produção, inclusive, fora do estado, sendo vista pelo mundo. O audiovisual tem esse poder”, diz o presidente da FMAC, Vinícius Palmeira.

Ainda segundo Palmeira, o edital é uma etapa importante e faz parte de uma construção coletiva que já vem sendo feita há um ano. “Ela vai mostrar a força do nosso audiovisual. Temos um arranjo regional de R$15 milhões: R$8 milhões do governo do estado, R$6 milhões para Maceió e R$1 milhão para Arapiraca. Movimentaremos economicamente a cidade nos próximos dois anos. A comunidade cultural está de parabéns, pois mostrou sua capacidade e sua forma fantástica de produzir projetos executáveis”, completou o titular da FMAC.A avaliação de todas as 124 propostas apresentadas aconteceu nos dias 17, 18, 19 e 20 deste mês.Para o representante do Conselho Municipal de Políticas Culturais, Felipe Guimarães, a noite foi um marco para a produção audiovisual de Maceió. “Sem dúvida foi uma noite histórica. O segmento é importante tanto para o simbólico, porque ele constrói o nosso caráter, identidade e noção de nação, como também para a economia, já que é um dinheiro que vai se multiplicar na economia de Maceió e de Alagoas”, afirma o realizador, que também foi um dos contemplados no edital na categoria B do Curta/Média-metragem.

REALIZADORES

Na categoria Festivais, Alessandra Moretti foi uma das vencedoras. “Ouvir meu nome foi uma das melhores sensações que tive nos últimos meses. A dedicação foi grande, é o primeiro festival que pretendemos fazer na cidade de Maceió voltado para as periferias, que é o primeiro Revoada”, conta.

Quem teve muitas produções selecionadas no edital foi um jovem realizador. Lucas Litrento é da periferia de Maceió, lá do Benedito Bentes, e, aos 22 anos, já teve dois filmes selecionados, além de ter passado nas categorias cineclube e festival, com duas produções cada, incluindo Revoada. Envolvido em temáticas ligadas à sua realidade, Litrento relatou ao Caderno B o seu sentimento com as seleções. “A aprovação não poderia ser melhor. Dos sete projetos, seis passaram, e os projetos principais, né? Ocorreram muitas aprovações de cineastas, realizadores iniciantes e muitos projetos que abarcam a temática periférica e realizam eventos e produções nas periferias. São projetos feitos e que pretendem mostrar o nosso olhar, o olhar da margem. São destinados para as pessoas desses lugares principalmente”.

Pela grande quantidade de aprovações de projetos que retratam a periferia, o artista reforça que são parte majoritária do Estado e ressalta que o resultado é compartilhado. “Esse conjunto de resultados no edital simboliza só o começo de uma proposta de uma carreira artística que se pretende a sempre ir além desses limites que nos colocam a permanecer na margem. Eu permaneço, mas a arte vai além e a proposta é de fazer mais e mais. De ser multi-artista: cinema, literatura, e levar essas obras para os meus lugares, os lugares das pessoas periféricas, que é a maior parte da cidade e do Estado. O resultado não é só meu, é um resultado compartilhado com todos eles”, conclui Lucas.

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