FIQUEI APREENSIVA SOBRE COMO IRIAM REAGIR AO MEU TRABALHO’
Em segunda parte da entrevista, Danny Bond fala sobre palavrões no funk e desejos para 2020
Por MAYLSON HONORATO/ ESTAGIÁRIO* | Edição do dia 07/12/2019 - Matéria atualizada em 07/12/2019 às 06h00
Gazeta de Alagoas: Você esperava que Alagoas lhe reconhecesse como artista?
Danny Bond:Sempre fiquei muito apreensiva sobre como Alagoas iria reagir ao meu trabalho. Eu ficava pensando: “como eles vão aceitar minha música, com tanto palavrão?”. Hoje em dia eu sinto apoio, as pessoa me levam a sério.
Sobre os palavrões…
Tipo assim, eu gosto de ver as pessoas felizes. Eu quero passar na minha música isso, uma música que quando você ouvir vai dar um sorriso, vou fazer você feliz, curtir, minha intenção é essa, não é prejudicar ninguém, sabe? É deixar as pessoas felizes.
O que você acha dessas discussões sobre os palavrões no funk?
Também tem um pouco de hipocrisia quando se fala sobre o palavrão, sexo… Uma coisa que está no dia a dia. E tem outra coisa: por que as mesmas pessoas que criticam a travesti cantando palavrão não criticam o hétero no baile?
Foi um ano complicado para as artes no Brasil, na sua opinião?
Sobrevivemos a 2019. Temos um governo de merda, um presidente de merda. Mas se Deus quiser vai tudo melhorar.
O que espera do futuro?
Eu quero que as pessoas saibam que é a verdadeira Danny Bond. E entendam que eu tento passar verdade. Eu quero me manter com isso, quero ajudar as pessoas com o que eu faço, não somente financeiramente, mas também com a visão.
Quais são os seus desejos para 2020?
Eita, eu fico nervosa quando me pedem pra fazer isso. Um desejo é fazer parcerias boas com pessoas relevantes na música. Também quero levar minha turnê para fora, para os lugares que não me conhecem. Para o Brasil eu desejo que a gente melhore, né? Que a gente tire essa peste desse presidente, deste governo, pelo amor de Deus.
* Sob supervisão da editoria de Cultura.