app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5693
Caderno B

Confira a programação do cinema (12/12/2019)

SECRETARIA DO AUDIOVISUAL TEM NOVAS MUDANÇAS

Por MÔNICA BERGAMO/ FOLHAPRESS | Edição do dia 12/12/2019 - Matéria atualizada em 12/12/2019 às 06h00

O secretário especial de Cultura do governo federal, Roberto Alvim, decidiu exonerar a secretária do Audiovisual, Katiane Gouvêa. Ela se reuniu no começo da manhã de quarta-feira (11) com sua equipe no órgão e se despediu. A informação foi confirmada em nota pela Secretaria Especial de Cultura. Segundo a reportagem do jornal Folha de São Paulo apurou, a decisão foi tomada em caráter emergencial e há um clima de tensão na Secretaria Especial de Cultura para, inclusive, rever atos e procedimentos assinados por Katiane. De acordo com relatos de servidores da Secretaria do Audiovisual, Katiane foi escoltada por seguranças para deixar o prédio da Secretaria de Cultura, onde também fica localizada a pasta do audiovisual.


NOTA

Em nota, a pasta afirma que o secretário de Cultura, Roberto Alvim, decidiu exonerar Katiane “ao tomar conhecimento de que ocorreram fatos em sua campanha eleitoral que, supostamente, podem configurar irregularidade”. O documento diz ainda que os fatos devem ser devidamente esclarecidos pelas autoridades. “Até que esses fatos sejam devidamente esclarecidos pela autoridade competente, o secretário decidiu por bem, em nome da lisura da coisa pública, afastá-la de suas funções de imediato”. Katiane Gouvêa foi nomeada para o cargo no fim do último mês de setembro, substituindo Ricardo Rihan no posto.

Katiane Gouvêa foi nomeada para cargo no fim de setembro, substituindo Ricardo Rihan
Katiane Gouvêa foi nomeada para cargo no fim de setembro, substituindo Ricardo Rihan - Foto: Divulgação
 

CANDIDATURA

Gouvêa foi candidata a deputada federal em 2018, pelo PSD, sob a alcunha Katiane da Seda - ela ocupou a diretoria de relações governamentais da Abraseda (Associação Brasileira de Seda). Com 960 votos, não conseguiu se eleger. Ela não é conhecida por trabalhos no meio cultural, mas, mesmo assim, arriscou dar uns pitacos na área nos últimos meses. Seu nome é associado a um documento que, meses atrás, fez o presidente Jair Bolsonaro cogitar extinguir a Ancine, a Agência Nacional de Cinema. Bolsonaro recebeu um relatório de projetos aprovados pela agência que considerou absurdos, como “Born to Fashion”, um reality que se propõe a revelar modelos trans. O texto, endossado por Gouvêa e assinado pelo conservador Movimento Brasil 2100, também escrachava a autorização para captar recursos para uma nova temporada de série televisiva sobre a vida da ex-prostituta Bruna Surfistinha, além de produções sobre a preservação da Amazônia.

Mais matérias
desta edição