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Nº 5692
Caderno B

SUSPENSÃO DE NOMEAÇÃO NO IPHAN EXPÕE RACHA NO GOVERNO

Luciana Rocha Féres é arquiteta e urbanista é professora e consultora na área de patrimônio cultural

Por GUSTAVO FIORATTI/ FOLHAPRESS | Edição do dia 13/12/2019 - Matéria atualizada em 13/12/2019 às 06h00

Servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional disseram que nomeação foi bem avaliada
Servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional disseram que nomeação foi bem avaliada - Foto: Divulgação
 

A suspensão da nomeação da arquiteta Luciana Rocha Féres, um dia após publicação no Diário Oficial da União de que ela assumiria a presidência do Iphan, expõe um racha entre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e o recém-nomeado secretário da Cultura, Roberto Alvim. Segundo servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a nomeação de Féres foi bem avaliada dentro do órgão. Ela tem currículo que, julgam eles, a capacitava para a presidência. A arquiteta e urbanista é professora e consultora na área de patrimônio cultural, e está fazendo seu doutorado em ambiente construído e patrimônio sustentável na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Também foi diretora do Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, de 2013 a 2016, e gerente de cultura do Sesc Minas Gerais. 


NOMEAÇÕES POLÊMICAS

Alvim tem proposto nomeações polêmicas, como a do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que deu declarações consideradas racistas pelo movimento negro. Também escolheu para a Funarte, a Fundação Nacional de Artes, o nome do músico Dante Mantovani, que já afirmou que o fascismo é um movimento de esquerda e disse que fake news é um conceito globalista para impor a vontade da imprensa, além de chamar a Unesco de "máquina de propaganda em favor da pedofilia". A escolha dos dois foi alvo de críticas no meio cultural. O nome que seria o favorito de Alvim para a presidência do Iphan é de Olav Schrader, formado em relações internacionais e ligado à Associação de Moradores de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Há menções a seu nome em eventos pró-monarquia no país.

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