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“BESTA-FERA” DE ARAPIRACA GANHA RECONHECIMENTO EM FESTIVAIS

Curta alagoano celebra boa recepção da crítica e acumula prêmios em festivais pelo Brasil

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Obra provoca sobre transformações da natureza humana diante de situações extremas
Obra provoca sobre transformações da natureza humana diante de situações extremas | Foto: Reprodução

Cinema é uma arte cara e produzir filmes, curtas ou longas, não é tarefa das mais fáceis. No interior, então, trata-se de uma missão praticamente impossível, mas que os cineastas alagoanos têm encarado com altivez. É o caso de Wagno Godez, arapiraquense diretor do filme Besta-fera (NAVI, 2019), que representou Alagoas em diversos festivais pelo Brasil e trouxe para casa prêmios nacionais. O mais recente foi o Cinefest Votorantim, em São Paulo. A obra arrematou os prêmios de melhor atriz para Márcia Mariah Morello e melhor trilha original para a banda Quiçaça e Nando Magalhães. “Fico feliz com o reconhecimento através dos prêmios, e mais ainda pela possibilidade de o filme ser visto por tanta gente. Filme é feito para o povo ver”, ressalta a atriz. Desde a estreia na 9ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano, no ano passado, quando recebeu o prêmio de melhor performance de elenco, o curta vem agradando também o público de outros estados. No 2º Cine Cariri (CE), recebeu os prêmios de melhor ator para Felipe Rios e melhor atriz para Mariah Morello; na 3ª Mostra de Cinema de FAMA (MG), recebeu o de melhor filme; no 2º Fecsta – Festival de Cinema de Santa Teresa (ES), recebeu o de menção honrosa; no 6º Festival de Cinema de Caruaru (PE), recebeu os prêmios de melhor direção para Wagno Godez, melhor ator para Felipe Rios e melhor atriz para Mariah Morello; no 3º Cine Açude Grande – Festival de Cinema de Cajazeiras (PB), recebeu os prêmios de melhor som para Emannuel Miranda, melhor ator para Felipe Rios e melhor atriz para Mariah Morello; já no Cine Jabó (MG), venceu como melhor fotografia para Henrique Oliveira, melhor roteiro e melhor direção para Wagno Godez e de melhor filme. A trajetória do curta arapiraquense reforça, inclusive, a força da Mostra Sururu de cinema alagoano enquanto vitrine para a produção audiovisual alagoana. A história do curta de 22 minutos é ambientada no sertão, no contexto do Cangaço, e se passa no final dos anos 1800. A trama fala de violência e de como, em condições de miséria e abuso de poder, uma natureza mais arcaica e descomedida vem à tona até nas pessoas mais inofensivas. O personagem Mariano (Felipe Rios) vai atrás de bichos fugidos, acha um homem misterioso (Eron Cordeiro) jogado na terra seca, ferido. O menino o acolhe, leva o homem para a sua casa. Sua mãe Flora (Márcia Mariah), não gosta da ideia, reluta em aceitar o estranho, mas o acolhe até que melhore. O homem muda a rotina da família, que ainda tem que lidar com o coronel (Julien Costa), dono das terras. O cineasta contou com editais públicos para levantar a quantia para a produção, quase sessenta mil reais. “Além do recurso proveniente do edital, foi imprescindível a colaboração e parceria de amigos e apoiadores para otimizar os custos do projeto”, conta Godez.

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