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Caderno B

OS PARALAMAS DO SUCESSO APRESENTAM TURNÊ NO ‘VILLA ROCK’

Show ocorre hoje na Barra de São Miguel; banda circula pelo Brasil com “Sinais do Sim”

Por DA EDITORIA DE CULTURA/ COM ASSESSORIA | Edição do dia 17/01/2020 - Matéria atualizada em 17/01/2020 às 06h00

Show do novo disco não deixa de lado sucessos da trajetória da banda
Show do novo disco não deixa de lado sucessos da trajetória da banda - Foto: Divulgação
 

Mais de 30 anos se passaram desde que Os Paralamas do Sucesso queriam tocar na cidade grande. E, após centenas de capitais e municípios ao redor do mundo, “Sinais do Sim” é lançado para confirmar o que todos sempre souberam: Herbert Vianna, Bi Ribeiro, João Barone e seus parceiros de banda e de vida são infinitos. Tal longevidade é uma conquista rara. Com este novo trabalho, a fidelidade ao rock brasileiro e universal que eles inventaram permanece impecável. Os três, do começo ao fim. E eles estarão juntos, mais uma vez, hoje (17), na Villa Niquin, na Barra de São Miguel, região metropolitana de Maceió. Essa permanência abriu caminhos para que seus músicos não cessassem de expandir a criatividade. Aliás, com o tempo, tornaram-se cada vez melhores. Em Sinais do Sim essa expansão chega a um patamar renovador com a presença de Mario Caldato Jr. na produção do disco. Sua experiência e qualidade atestada em dezenas de trabalhos ao longo de mais de três décadas ao redor do mundo, com os mais diversos gêneros, faz dele o parceiro perfeito para uma banda que sabe exatamente o que quer e, principalmente, que sempre arrisca um passo além. Trabalhar entre a experiência do tempo e o frisson do risco é uma das marcas do disco. Em muitas das faixas, as letras e a pressão do som – pressão, aliás, é uma palavra fundamental ao se ouvir Sinais do Sim – sinalizam uma abertura madura para o novo enquanto horizonte de vida. São 11 canções que nos dão a justa medida entre a experiência da dor e a renovação da esperança. Somos convocados a entender que o sonho é uma saída potente em tempos de medo. O novo, nesse caso, é seguir em frente, fazendo da fragilidade de cada um de nós a força para insistir. Já na capa, a escultura de Barrão nos mostra o quanto de força e leveza se exige para atravessarmos nossas longas estradas.


AS CANÇÕES

Na primeira música, “Sinais do Sim”, somos contagiados por essa positividade realista. “Se deixe levar por mim”, convoca Herbert, constatando algo que, se pode soar óbvio, ainda é fundamental lembrar: já chegamos até aqui. E se tem uma banda que pode dizer com afeto e certeza algo assim, são Os Paralamas. Esta é a única música em que apenas os três tocam. Uma abertura que confirma o compromisso de amigos com os sins maduros da vida. A faixa seguinte, “Itaquaquecetuba”, traz a formação que se tornou a marca da banda nos anos 1990 e deu identidade única ao seu som. “Medo do Medo”, por sua vez, já surge como um hino contemporâneo. Profecia transatlântica – a música de 2007 é da rapper portuguesa Capicua – temos um diagnóstico afiado do tempo em que Os Paralamas vivem e cantam. Mais uma vez, em meio à escuridão do futuro, a banda cria uma faixa poderosa para acender a luz no fim do túnel. Sua longa lista de medos ancestrais e mundiais ganha intensidade com a escalada de volume dos instrumentos. A partir de “Não posso mais”, música de Nando Reis, a abertura intensa com sonhos, mapas e medos dá lugar ao amor em suas múltiplas dinâmicas que a banda sempre soube explorar. “Teu olhar” e “Contraste”, quinta e sexta faixas do disco respectivamente, seguem o fluxo romântico da canção anterior, porém, como diz uma das letras, “longe dos clichês”. São bem diferentes em suas propostas, mas apontam as desmedidas da paixão – uma outra forma de sonharmos futuros? “Cuando passe el temblor”, de Gustavo Cerrati, reforça o longo laço dos Paralamas com o rock latino-americano e, particularmente, com a banda-irmã Soda Stereo. Já “Corredor”, com seu clima de blues em beira de estrada, e “Blow the Wind”, são duas músicas que seguem a linha ascendente do disco. “Olha a gente aí”, décima música, aponta a reta final em celebração. A faixa nos joga pra cima desde o primeiro acorde. “Relaxamento jamaicano” Para encerrar o disco conciso, certeiro e potente, “Sempre assim” oferece o relaxamento jamaicano (uma das marcas da banda) para o descanso do ouvinte após a travessia de guitarras, efeitos e acordes firmes de rock setentista. Ainda aqui, na décima-primeira faixa, eles permanecem pregando o sonho.


OUTRAS ATRAÇÕES NA VILLA ROCK

E a Villa Niquin vai realmente se transformar em Villa Rock nesta sexta-feira (17). É que, além d’Os Paralamas, também subirão ao palco duas das mais conhecidas bandas alagoanas. A Som de Vinil fará um show especial em homenagem a Legião Urbana e Barão Vermelho e, a 082, terá na sua apresentação um tributo aos grupos Titãs e Capital Inicial. Informações: (82) 99324 5454 (WhatsApp).

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