SE MEU BAIXO CANTASSE

Acompanhado de Toni Augusto (guitarra) e Igor Galdino (bateria), o multi-instrumentista Fernando Nunes volta a sua terra natal para apresentar o primeiro show solo no palco do Teatro Deodoro, onde o baixista já viveu grandes experiências musicais. O espetáculo “Se Meu Baixo Cantasse” será realizado nesta quarta-feira (29), a partir das 20h. Violonista e baixista alagoano, Fernando Nunes, começou a carreira tocando em bandas locais quando tinha apenas 12 anos. Aos 19 anos o baixista se mudou para Salvador, Bahia, onde tocou e gravou com diversos nomes do cenário baiano, como Sarajane, Luís Caldas, Margareth Menezes, entre outros. Em 1993, Nunes se mudou para o Rio de Janeiro, e integrou a banda de Ivan Lins, com quem fez uma turnê pela Europa e Estados Unidos. No ano seguinte, em 1994, Fernando entrou na banda de Cássia Eller, onde permaneceu até o seu último disco, em 2001, o aclamado “Acústico MTV”. Ainda em 2001, o artista foi indicado ao Grammy Latino por seu trabalho instrumental com o Power Trio, chamado FLENKS, formado por ele, Cesinha (bateria) e Fernando Caneca (guitarra). O ano de 2003 chegou com grandes conquistas para o baixista alagoano. Fernando Nunes foi selecionado para 6º edição do Prêmio Visa MPB- edição compositores, ficando entre os 12 finalistas de todo o país. Em 2003, Fernando produziu o disco “_mylene”, chamando atenção do produtor Barrett Martin (do fundador dos grupos Skin Yard e Screaming Trees), que estava em turnê brasileira a convite de Nando Reis. O CD foi lançado em Outubro de 2003 nos EUA, México e Canadá por seu selo Fast Horse/Ryko. Atualmente Fernando Nunes mora em São Paulo e possui um trabalho voltado ao mercado brasileiro, atua acompanhando os mais diversos artistas em turnês internacionais e nacionais, como Zeca Baleiro, enquanto divide seu tempo para produzir novos artistas e bandas. Seus trabalhos mais recentes consistiu no último CD e DVD do cantor Paulo Ricardo, “Acoustic Live”, e da cantora goiana Nila Branco. O baixista não esconde a animação em voltar a se apresentar em sua terra natal, principalmente no palco do Teatro Deodoro, um espaço que marcou muito seu início de carreira. “A memória do Teatro Deodoro é muito forte e afetiva, considero esse lugar especial porque foi onde eu nasci artisticamente. Nos anos 80, fiz shows com a minha banda Odisséia, participei de festivais universitários, acompanhei artistas locais. Nesse tempo, voltei tocando com artistas de fora, mas nunca fiz um show meu. Vai ser uma realização, olhar a platéia e sentir o aplauso da minha trajetória, minha música, o que eu aprendi.” conta Fernando Nunes. Mesmo estando fora de Alagoas, é clara a grande influência e inspiração que a terra natal do músico tem em suas composições, projetos e ações. Mesmo em busca de uma constante reinvenção, as produções de Nunes exploram seu lado alagoano, algo que vai ficar bem perceptível para o público em seu último trabalho, promete o artista.

EMPREENDIMENTO COLETIVO

Fernando Nunes quer aproveitar o show para apresentar pela primeira vez uma ideia que, segundo ele, surgiu em uma de suas visitas a Maceió, o Sururu Music, um coletivo de cultura alagoana na intenção de unir música, artesanato, culinária, teatro, folclore etc. “Saí de Maceió, mas Maceió nunca saiu de mim, pois sempre visito a cidade, já produzi vários artistas e ainda produzo vários artistas, estou muito inserido na cultura, sempre procuro saber como anda a cena e, dessa vez vou ter a oportunidade (que era uma surpresa) de apresentar uma ideia que criei em uma das minhas idas pra Maceió, o Sururu Music” conta o músico. Segundo Fernando, este show será um resumo de sua vida e carreira e ele não só tem a intenção de homenagear Alagoas como também de homenagear artistas com quem ele já tocou e trabalhou, como a própria Cássia Eller, entre outros mestres da música que até hoje servem como influência para ele. “Será uma noite mais que especial porque vou voltar pra casa, depois desse tempo todo fora, vou poder mostrar minha versão alagoana do Fernando Nunes que saiu pelo mundo, mas foi reconhecido como artista alagoano. Por onde passo a bandeira de Alagoas está comigo.” comenta orgulhoso. O repertório traz uma retrospectiva de sua carreira, tanto dos lugares que ele passou quanto de artistas com quem teve o prazer de trabalhar. “O que Maceió vai ver é o resultado de um alagoano que saiu de casa foi ali e tá voltando para dizer pra sua mãe o que aprendeu de bom na rua.” conclui Fernando Nunes. O show “Se Meu Baixo Cantasse” acontecerá nesta quarta-feira (29), às 20h no Teatro Deodoro. O ingresso custa R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia-entrada, à venda na bilheteria do Deodoro começou na sexta-feira (24) e vai até esta quarta-feira (29), se estendendo até o início do show. *Sob supervisão da editoria de Cultura