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Caderno B

ANTROPOFAGIA MISCIGENADA PARA DEPOIS DO CARNAVAL

Estreia do quarto ano de projeto cultural reúne Edi Ribeiro, Sebage e Rodrigo San

Por Maylson Honorato com assessoria | Edição do dia 19/02/2020 - Matéria atualizada em 19/02/2020 às 04h00

Rodrigo San participa pela primeira vez do projeto e comemora boa fase da carreira
Rodrigo San participa pela primeira vez do projeto e comemora boa fase da carreira - Foto: ADELAIDE ABREU
 

Em seu quarto ano de atividades reunindo artistas criativos da música, da poesia e das artes visuais em Maceió, o movimento Antropofágico Miscigenado retorna ao palco do bar e restaurante Zeppelin (Rua Desembargador Artur Jucá, 40, centro da capital) no dia 6 de março, uma sexta-feira. Nessa primeira edição de 2020, Edi Ribeiro e Sebage, veteranos do movimento, encontrarão o guitarrista Rodrigo San, que estreou como cantor e compositor no ano passado com o refinado e dançante álbum “Sutil” – reunindo pérolas românticas com inegável apelo soul music a la Tim Maia e Cassiano. Nesse primeiro antropofágico do ano, os três artistas farão shows de 40 minutos, seguidos por um disputado palco livre destinado aos cantores e compositores que acorrerem à reunião dessas três feras para dar, também, suas palinhas de duas músicas. O evento começa às 20h, com discotecagem mixando faixas dos álbuns e EP lançados pelos três artistas entre 2017 e 2019 (Edi Ribeiro com “Eu no Baião de Dois”; Sebage com “Beatnik” e “Lounge Queer”). O couvert custa R$ 10. Depois de lançar o álbum “Sutil” em setembro de 2019, Rodrigo San acumula críticas favoráveis ao seu trabalho, uma bem-sucedida apresentação no prestigiado “Release Showlivre”, em São Paulo e uma agitada noite de estreia no Teatro de Arena em Maceió, entre outras performances em plagas paulistanas e caetés. “O disco aconteceu na minha vida depois de um processo longo. Eu passei a vida inteira sendo guitarrista e me vi vivendo uma nova fase, um novo momento da minha carreira, já dessa vez como intérprete das minhas canções”, conta o artista, cheio de entusiasmo para integrar a trupe do Antropofágico Miscigenado. “Estou muito feliz agora, encontrando essa parceria, essa amizade com o Sebage e ver o movimento Antropofágico ressurgir depois de algum tempo.” Quanto ao radiante “Sutil” (o álbum está em todas as plataformas digitais) Rodrigo San diz que “o mundo conspirou para que as coisas dessem certo”. “Foi quando surgiu a oportunidade de eu gravar esse disco em São Paulo, num estúdio muito bacana, chamado C4. Um estúdio grande, inclusive num dia que eu estava gravando encontrei André Abujamra finalizando um trabalho dele, a sala principal ficou sendo utilizada por nós. Músicos assim muito bacanas, a Céu tinha acabado de alugar os microfones desse estúdio para gravar algumas coisas em casa. Uma estrutura muito massa, foi tudo assim que aconteceu na minha vida, essa questão do disco, de uma forma muito inusitada, inesperada.” Afirmando não ter gasto “rios de dinheiro”, San – que integrou a formação original da banda Vibrações – agradece o apoio dos amigos, creditando o sucesso desse trabalho também ao produtor Marcos Maurício. “Tive a sorte de encontrar parceiros que me ajudaram. Maurício possibilitou essa produção lá nesse estúdio. Foi muito massa. Foi a materialização de um sonho. Não esperava que fosse acontecer assim tão rápido.” Ainda colhendo os louros de “Sutil”, o músico reconhece a “repercussão muito positiva” do álbum. “A gente recebeu várias críticas, nenhuma negativa, graças a deus. Foi muito bem recebido pela crítica. Muitos críticos de São Paulo falaram bem, destrincharam música por música. Aqui, Sebage fez uma das críticas mais lindas que a gente podia ter recebido. A rádio Marujo Carioca do Rio de Janeiro tem tocado as músicas, a rádio 94 Pop da cidade Socorro, de São Paulo, me mandaram um print da canção ‘Menina’ tocando na rádio. O Palco MP3 colocou o disco lá no topo do aplicativo. Saíram várias matérias no site deles, falando muito bem do disco também, dando ao álbum o título de um dos três discos que sacodiram o Palco MP3 no ano passado.”

Quanto ao Antropofágico Miscigenado, ele conta que sempre achou o movimento “muito interessante”. “A começar pelo nome, Antropofágico Miscigenado. É uma causa que a gente precisa abraçar na nossa cidade. Eu vejo um potencial enorme, temos bons representantes em praticamente quase todos os gêneros musicais. A gente tem tudo para conseguir o espaço que merecemos aqui em Maceió. Precisa ter mais movimentos como esse. Para mim é uma honra estar fazendo parte dessa história agora, construindo essa história com Sebage, com o Edi. Edi Ribeiro é um artista que eu admiro bastante, um artista autêntico, assim como Sebage, que tem um RG inconfundível com as suas canções, nas suas interpretações. E o Edi também, é uma coisa que eu considero muito importante sim, na música de um modo geral. Precisa ter essa identidade, essa coisa que é marcante. Acho que estamos no caminho certo.”

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