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Nº 5694
Caderno B

Em álbum de estreia, Os Fugitivos refletem sobre laços familiares

‘Tudo Vai Ficar Como Era Antes’ está disponível nas plataformas digitais e apresenta novas sonoridades da banda alagoana

Por MARIA CLARA ARAÚJO - ESTAGIÁRIA | Edição do dia 27/05/2020 - Matéria atualizada em 30/05/2020 às 04h45

Lançamento já estava previsto, mas foi dividido em duas partes por causa da pandemia
Lançamento já estava previsto, mas foi dividido em duas partes por causa da pandemia - Foto: Divulgação
 

A banda alagoana Os Fugitivos, lança nesta quarta-feira (27), a primeira parte do seu primeiro disco ‘Tudo Vai Ficar Como Era Antes’. O álbum fala das mais variadas formas sobre família: pais, avós, amigos, namorados, etc. Justamente em um dos momentos do maior distanciamento social da história. Com uma sonoridade suave que transita entre a nova Música Popular Brasileira e o indie-rock, o álbum composto por quatro canções, promete acalentar corações.


O disco foi produzido inteiramente antes da quarentena, dos primeiros rascunhos das músicas até as artes gráficas. As músicas são de autoria de Thiago Mata, vocalista e guitarrista do grupo, nos primeiros meses de 2019 e o processo de estendeu até o mês de maio. Em junho começou a pré-produção do disco. Entre julho e setembro ocorreu a produção e gravação. “De outubro a janeiro mixamos, masterizamos e cuidamos da parte visual. Tudo, absolutamente tudo foi feito na Maná Records, estúdio que Thiago e eu levamos na parte baixa da cidade”, explica Thomas Schaefer, baixista da banda.


“Todo esse processo foi muito natural, os temas, as letras, as composições. Depois eu fui perceber que as músicas conversavam e que dava pra transformar aquilo num disco, numa obra mais completa e até com uma temática envolvendo todas elas. Fui criado pelos meus avós e sou filho de pais separados, então esse tema da família sempre foi recorrente nas minhas músicas e sempre foi algo que me tocava muito quando eu escutava música.” explica Thiago sobre a temática do disco. segundo a banda ‘Tudo Vai Ficar Como Antes (Vol. 1) fala de proteção, de abandono, da sensação de amar e ser amado, da importância de laços, que machucam ou os que são cura e da vontade gritante de independência.


A banda formada por Thiago Mata (violões, guitarras e vocais), Thomas Schaefer ( baixo) e Yuri Torres (bateria), foi fundada em 2018, após o rompimento da banda Pacamã - originalmente também com Mateus Borges (Cães de Prata), Igor Cavalcante e Mateus Magalhães (Azul Azul) - teve uma nítida influência do rock em seus primeiros trabalhos, mas neste novo álbum o grupo quer fugir disso.


“O processo de composição desse disco foi fluido e, de forma bem natural, acabamos resgatando a essência das nossas formações identitárias e musicais, nos distanciando do nosso material anterior e mergulhando num mundo mais brasileiro, com foco em vocais leves, instrumentos percussivos e linhas de baixo dançantes, trazendo elementos da Tropicália e do indie-rock brasileiro dos anos 2000 - de Novos Baianos e Jorge Ben Jor a Los Hermanos”, diz o grupo.


Em abril a banda lançou o primeiro single “O Farol”. A canção marca exatamente a linha de transição de fase do grupo, de rock para um ritmo mais suave. “O Farol”, entre seus versos, “...assim sonhei com você, o reencontro do teu farol com o meu, mesmo em sonho” conta a emocionante história de um casal de idosos em que um deles morre e a única forma de reencontro é através dos sonhos. A música teve uma boa repercussão na mídia local e também na imprensa especializada nacional, como Música Pavê, Hits Perdidos e Scream & Yell. Já a música “Ôôô” lançada recentemente, também teve uma ótima repercussão, chegando a ser incluída na Playlist Indie Brasil, a oficial do gênero do Spotify, ficando ao lado de artistas como Cícero, Vanguart, Letrux, Clarice Falcão,entre outros.


A ideia inicial da banda sempre foi lançar o disco entre abril e maio, o que mudou foi a estratégia. Inicialmente seria um disco com 11 a 12 faixas, mas devido a pandemia do coronavírus e ao isolamento social, não daria para o grupo promover um disco cheio, e por isso o álbum foi dividido em dois. “A ideia é que a segunda parte seja lançada quando tudo estiver 100% seguro para fazer shows e promovê-la bem – trabalhamos com a perspectiva desse segundo lançamento no início de 2021”, afirma Thomas.


*Sob supervisão da editoria de Cultura

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