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Nº 5692
Caderno B

FOTÓGRAFOS SE UNEM PARA AÇÃO SOLIDÁRIA E VENDEM FOTOGRAFIAS

Ampliações a partir de R$ 100 ajudarão o projeto Mandaver, no bairro Vergel do Lago Ampliações a partir de R$ 100 ajudarão o projeto Mandaver, no bairro Vergel do Lago

Por MARIA CLARA ARAÚJO*/ ESTAGIÁRIA | Edição do dia 27/06/2020 - Matéria atualizada em 27/06/2020 às 06h00

Acervo possui de registros de paisagens alagoanas até ensaios exclusivos
Acervo possui de registros de paisagens alagoanas até ensaios exclusivos - Foto: Itawi Albuquerque
 

A primeira imagem a ser reconhecida como fotografia foi produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce. Ainda no século XIX, a fotografia surgiu no Brasil através do pintor naturalista, e também francês, Hercules Florence, que foi um dos pioneiros da fotografia no país. Desde então a fotografia vem sendo presente em nossa sociedade retratando costumes, artes e cultura, além de ser a fonte de renda de muitos trabalhadores. A fotografia também pode ser usada para propósitos beneficentes, e essa é a proposta do projeto “Fotografia Manda Ver”. A ideia da iniciativa é que, ao adquirir uma fotografia de um fotógrafo alagoano (em papel fine art de alta qualidade), por um preço abaixo da média, o valor é revertido para compras de mantimentos e produtos de limpeza para os moradores do programa social Manda Ver, no Vergel do Lago. Movidos pela vontade de ajudar famílias da capital alagoana que foram afetadas economicamente pela pandemia do novo coronavírus, a iniciativa “Fotografia Manda Ver” reune fotógrafos, o coletivo Fotosururu, a Fragma Imagem, Six Propaganda e o Instituto MandaVer. Para amenizar os impactos da pandemia para essas pessoas, cada um dos quase 20 fotógrafos doou três de suas obras de arte de seu acervo para serem vendidas na ação. Ao todo, são mais de 50 imagens que mostra o melhor da fotografia do estado, impressas em altíssima qualidade pelo Atelier de Impressão,e que podem ser escolhidas em ampliações no tamanho A4 (21 cm de largura x 29,7 cm de altura, por R$ 100) ou A3 (29,7 cm de altura x 42 cm largura, por R$ 150). De acordo com os organizadores, os custos de impressão e frete, que serão feitos por pacotes mensais, serão abatidos e todo o resto que for arrecadado será doado ao instituto. Entre os fotógrafos que doaram as imagens estão nomes conhecidos da fotografia no Estado, como Jorge Vieira (idealizador do projeto Fotosururu e da agência Fragma), Luiz Eduardo Vaz (pioneiro da fotopublicidade), Ricardo Lêdo (com mais de 15 anos no fotojornalismo), Gabi Coêlho (que expôs em festivais internacionais como Paraty em foco), Amanda Bambu (com retratos femininos que questionam o papel da mulher), artistas plásticos que também fotografam como o publicitário Leo Villanova, entre outros talentos pioneiros e de novas gerações. “Em tempos difíceis como esse, essa foi a forma que encontramos de colaborar com o Instituto Manda Ver, que vem realizando um trabalho ainda mais essencial nesse momento”, conclui Ramatis Haywanon, diretor da Six Propaganda e um dos fotógrafos com imagens na mostra.


O Instituto Mandaver

O Instituto Mandaver é uma organização social sem fins lucrativos, fundada em 2015 pelo seu líder social Carlos Jorge, que atuava junto à comunidade carente do bairro do Vergel há mais tempo. O objetivo principal do instituto é promover cidadania e transformação social, através de ações inovadoras e empreendedoras, junto a população que vive nas comunidades carentes do bairro Vergel do Lago, em Maceió Alagoas. O Mandaver oferece diversas oficinas culturais e esportivas para crianças e adolescentes, com o intuito de trabalhar além de suas habilidades nas atividades das oficinas, mas também de promover inclusão social e a cidadania. Para os jovens e adultos, é oferecido cursos de capacitação e qualificação profissional, visando melhor colocação destes no mercado de trabalho, gerando emprego e renda para a população local. Em 2017, o Mandaver participou do edital para ingressar na Rede Gerando Falcões, sendo a primeira ONG selecionada com sede fora do território do estado de São Paulo.

*Sob supervisão da editoria de Cultura

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