APÓS MOBILIZAÇÃO DE ARTISTAS, SECULT ANUNCIA DATA PARA PAGAR CACHÊS
Profissionais planejavam ato e acampamento na Praça dos Martírios, em Maceió
Por DA EDITORIA DE CULTURA | Edição do dia 06/08/2020 - Matéria atualizada em 06/08/2020 às 05h00
Os artistas alagoanos que prometiam um protesto para essa quarta-feira (5), em frente à sede da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), que fica no Centro de Maceió, desistiram do ato e agora aguardam o pagamento do cachê, prometido pelo governo do estado para ser efetuado no próximo dia 15. O dinheiro devido é referente às apresentações realizadas por eles, neste período de pandemia, como parte do festival “Dendi Casa Tem Cultura”, criado pela pasta para apoiar os artistas locais durante o período em que eles estão sem se apresentar para o público. O fato é que os artistas selecionados se apresentaram, mas não receberam os cachês, que variam de R$ 700 a R$ 1.500. De acordo com a Secult, o pagamento a ser efetuado no dia 15 de agosto será destinado aos que se apresentaram de 11 a 30 de junho. Em texto divulgado pela Secult, a pasta tenta explicar a demora para quitar a dívida. “Em virtude dos trâmites processuais entre o órgão e a Secretaria de Estado da Fazenda, houve atraso no cadastramento dos formulários de 163 propostas, equivalente à 47% das apresentações totais, ocasionando o adiamento do pagamento por questões de sistema”, pontua, destacando que, durante todo o processo, tem mantido o diálogo aberto com a categoria. Nesta quarta-feira, alguns artistas que chegaram a se concentrar na Praça dos Martírios, no Centro de Maceió, falaram com a reportagem, classificando a situação como “frustrante”, quando questionados sobre o sentimento que se tem após trabalhar durante a quarentena e não ter recebido pagamento pelo serviço prestado. Antes, o diretor teatral Carlos Alberto havia questionado o caráter emergencial do projeto. “Queremos mais respeito, mais transparência. Conhecemos bem o edital, que fala de 30 dias. Ainda temos a mesma percepção sobre o edital, que ele não é emergencial. Quem tem fome tem pressa. Dendi casa tem cultura, mas não tem comida?”, disse Carlos à reportagem.