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OITO ARTISTAS ALAGOANOS PARTICIPAM DO PROJETO SESC CONVIDA

Sequência de lives culturais com atrações de Alagoas começou essa semana e vai até novembro

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Projeto nacional projeta artistas de todo o Brasil por meio de lives na internet
Projeto nacional projeta artistas de todo o Brasil por meio de lives na internet | Foto: Edvan Ferreira

Foram 15,8 mil inscrições de artistas no Brasil inteiro e 470 foram contemplados a participar do projeto. Em Alagoas, foram inscritos 210 projetos e oito artistas foram aceitos para o Sesc Cultura ConVida, um projeto que incentiva a produção artística e leva as apresentações para dentro das casas da plateia. O projeto foi pensado a partir das mudanças causadas a partir da pandemia da Covid-19. A arte-educadora Camila Melo foi a primeira de Alagoas a participar e, no dia 09, participou de uma live com o tema “Com quem falamos e porque falamos?”. Na conversa, Camila propôs uma reflexão no sentido de saber qual cultura as crianças têm consumido. Como também, qual legado está sendo deixado para as futuras gerações. A proposição de Camila promete provocar inquietações. Para ilustrar, a convidada apresentou um estudo de caso sobre o bairro de Jaraguá, em Maceió. Jessé Batista é técnico de Dança pela Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e graduado em Dança também na federal de Alagoas. O artista vai promover um bate-papo, no dia 14, sobre a importância do movimento Hip-Hop, como formação social, política e educacional para juventude a partir da experiência com o grupo QuilomBrothers Crew, grupo de Breaking da cidade de União dos Palmares (AL), atuante desde o ano de 2008. Jamilla de Paula dos Santos Almeida, artisticamente conhecida como Milla Pasan, se apresenta no dia 11 do mês que vem. Da periferia de Maceió para o mundo das artes, ainda adolescente, prestou serviços de mediação, sem vínculo empregatício, nas exposições de artes em galerias da capital. “Entendi que eu era uma autodidata nos estudos da Arte, tantos são assim. O que não me impediu de trabalhar com mediação, produção, montagem, curadoria, elaboração de projetos, cursos e palestras”, comenta. No projeto, ela vai apresentar de forma clara, objetiva e lúdica o manual que construiu na dissertação de mestrado, em 2019. O “Manual de direitos de autor para artistas visuais”, com linguagem acessível ao destinatário-artista e disponível para download gratuito, nas redes sociais de Milla. A fotógrafa, curadora, editora, produtora cultural e pesquisadora de fotografia, Maíra Gamarra, faz sua apresentação no dia 18, também de novembro. Na oportunidade, a alagoana vai apresentar Mira Latina, um laboratório de criação que, a partir da fotografia como linguagem, busca promover ações e experiências artísticas, impulsionando novos espaços de diálogo entre criadores de diferentes países latino-americanos. Elizabeth Caldas, realizadora audiovisual, roteirista, professora e consultora de educação e mídia, estará ao vivo no dia 23 de novembro. Ela apresentará um filme relato. Um corpo gordo, disforme, já isolado socialmente, atravessando uma pandemia. “Como uma sociedade padronizada e violentamente magra reage aos anseios de um corpo perseguido? Qual corpo merece viver? Quem define a cura? E a doença que me invisibiliza? Estéticas relacionadas ao corpo da mulher, ao corpo gordo, corpo público, desumanizado”, provoca. Já no dia 26 de novembro, o projeto do Sesc apresenta Amanda Régia Amorim Morais dos Santos, conhecida como Amanda Môa. Ela é fotógrafa, designer e realizadora audiovisual, com foco em temas urbanos, populações marginalizadas e inspirada na descolonização das artes visuais e conceitos estéticos. A abordagem de Amanda será sobre as perspectivas e desafios da mulher negra das artes visuais no Nordeste. A participação de Ana Karênina Barbosa Gomes Magalhães, a Nina Magalhães, será também em novembro, em dia a ser confirmado. Ela é diretora-presidente na Associação Cultural Popfuzz e membro do Coletivo Animal, coletivo de animadores de Alagoas. Nina vai utilizar o curta metragem de animação “Ovo da Serpente” como metáfora para ilustrar, de forma bem-humorada, como a ascensão de um conservadorismo político e social de extrema direita no Brasil e na América Latina pode ser associado a esta simbologia. A técnica utilizada será o Stop Motion de massa de modelar (plasticina). A expressão “Ovo da serpente” de Shakespeare a Bergman, até o ministro Celso de Mello nos dias atuais é usada para expressar tudo que, ao nascer, possa vir a ser pernicioso a coletividade, comumente utilizada para definir o nascimento de governos fascistas. Todas as lives são transmitidas no canal Sesc Brasil no YouTube (www.youtube.com/user/SescBrasil) e os horários e detalhes estão disponíveis nas redes sociais da intituição.

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