app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5693
Caderno B

TERROR FEITO EM ALAGOAS

Gênero cinematográfico segue conquistando gerações e empolgando público no estado; confira relatos e novidades

Por MAYLSON HONORATO | Edição do dia 31/10/2020 - Matéria atualizada em 31/10/2020 às 04h00

Foto: Reprodução
 

Eles definitivamente não são os queridinhos do público ou da crítica, tampouco seguem os padrões estéticos das mega produções hollywoodianas. No entanto, não há quem permaneça indiferente aos filmes de terror, horror e até aos trashes. De acordo com o realizador audiovisual Franklin Lessa, que está se aventurando nesse gênero cinematográfico, a atração pelo aterrorizante tem a ver com a necessidade de enfrentar os medos e desafiar a mente. Em Alagoas, filmes de terror também se destacam na cena audiovisual. Novembro de 1975. Um garoto de apenas 12 anos, com uma Super-8 nas mãos e uma ideia na cabeça, estava prestes a surpreender o público e o júri do primeiro (e único) Festival Alagoano de Super-8, com o filme A Faca. Kleyner Cardoso Gomes, que, depois, produziria outras relíquias do cinema de Alagoas, estreava na sétima arte com um filme de terror, mas com o clima solar da capital alagoana. Em A Faca, com elenco formado por colegas de Kleyner (a Turma da Rua), uma adaga com o poder de transformar em vampiro todo aquele que nela tocasse era encontrada por garotos na praia. “Essa gostosa brincadeira de pega é toda desenrolada debaixo de um bonito sol do verão da praia da Pajuçara, com meninos ora fazendo papéis de vítimas ou de levados ‘dráculas’ da beira-mar”, diz o crítico Elinaldo Barros, aos relembrar o filme no livro Panorama do Cinema Alagoano (2010). O curta ganhou o prêmio especial do festival e, 44 anos depois, é sempre lembrado quando alguém menciona o terror no cinema alagoano. De volta para o presente, o jovem Franklin Lessa “repete” alguns dos feitos de Kleyner ao explorar uma trilogia de terror que se passa no litoral. “Eu estava fazendo um minicurso de cinema pela internet e uma das atividades era entregar um vídeo de 1 minuto e meio. Eu já estava em Coruripe e pensei ‘vou usar isso sim’. Chamei uma amiga e falei pra ela que tinha feito um roteiro e que queria gravar um filme de terror na praia”, conta Lessa. Ainda durante a gravação de “A Praia”, o apaixonado por cinema e por terror teve a ideia de criar uma trilogia. Assim, surgiram “Uma Noite no Litoral” e “O Sítio”. Os dois primeiros já estão disponíveis na internet e o último será lançado neste sábado (31), aproveitando o Dia das Bruxas. Curtos, os filmes não envolvem sangue ou monstros e, de acordo com o realizador, deixa o terror por conta da imaginação do público. “Entre as minhas inspirações estão IT - A Coisa e A Bruxa de Blair. É a atmosfera que faz o terror, sabe? Não tem imagens aterrorizantes nos filmes, mas atmosferas aterrorizantes. E era exatamente o que eu buscava. Queria jogar com o público, para que ele construísse o que teria acontecido ali”, explica Franklin Lessa. A produção e o lançamento dos microfilmes movimentaram as redes sociais do influenciador, que iniciou um projeto na internet chamado de #SemanaAterrorizada. A ideia é explorar a paixão pelo cinema, pelo terror e compartilhar lendas urbanas, dicas de leitura e comentários sobre filmes clássicos do gênero. Além do conteúdo, os filmes de Franklin estão disponíveis no Instagram (@franklinlessa).

Leia mais na página B2

Mais matérias
desta edição