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Nº 5691
Caderno B

UM ANO DE GRANDES ESTREIAS

Com R$ 33 milhões injetados na cultura de Alagoas pela Lei Aldir Blanc, 2021 promete ser um ano de efervescência cultural e novidades em todos os segmentos

Por DA EDITORIA DE CULTURA | Edição do dia 02/01/2021 - Matéria atualizada em 02/01/2021 às 04h00

Foto: Gustavo Sarmento
 

Após um ano de luta para garantir os próprios direitos e a sobrevivência do setor em meio a pandemia do novo coronavírus, artistas alagoanos começam 2021 com muito trabalho e, pela primeira vez, verba para produzir. Por meio da Lei Aldir Blanc, pelo menos R$ 33 milhões estão sendo repassados aos artistas de Alagoas para executar projetos de espetáculos teatrais, CD ‘s, DVD’ s, festivais, cursos e até filmes. Para Izabelly Sena, produtora contemplada em um dos 17 editais de fomento lançados por meio da Lei Aldir Blanc, o momento é de colocar a mão na massa e produzir. “Mesmo que nossos projetos ainda continuem online, já que a pandemia não acabou, agora poderemos trabalhar, levar cultura e arte para as pessoas, fazer a economia girar e empregar dezenas de profissionais que tiveram um ano péssimo. Acredito que, graças a Deus, começamos o ano com muito trabalho a ser feito”, diz a produtora. Ela irá produzir a segunda edição do Festival Riacho do Meio, que ocorre no município de Viçosa, no interior do estado. A ideia é que o festival reúna shows de mais de 20 artistas da região. “No caso do nosso projeto, teremos a participação de dezenas de artistas, distribuindo esse recurso que nos foi repassado. Acredito que isso contribui muito para amenizar a situação dos artistas e produtores do interior de Alagoas, que sofreram ainda mais do que os da capital durante esses vários meses de paralisação.” No audiovisual, o público pode esperar filmes de nomes como Werner Salles, Rafhael Barbosa, Ulisses Arthur, Nilton Resende, entre outros veteranos e novos realizadores do cinema alagoano. Além de filmes, o Prêmio Professor Elinaldo Barros também contemplou a realização de festivais e ações de formação voltadas para o audiovisual. No teatro, nomes como Ivana Iza, Naeliton Santos, Waneska Pimentel, Abides de Oliveira, Roberta Aureliano, Bruno Alves e Daniela Beny na lista de selecionados sugerem que 2021 será de grandes produções. Roberta Aureliano revela com exclusividade um dos seus projetos para o novo ano. Há alguns anos se dedicando à carreira musical, a artista pretende retornar aos palcos e estrear, ainda nos primeiros meses do ano, um espetáculo inspirado em Macbeth, tragédia de William Shakespeare. “Não se trata de uma montagem tradicional de Macbeth, mas de um monólogo inspirado na obra. É um projeto antigo, que antes era somente um sonho, mas que agora está tomando forma. Acredito que será uma surpresa para o público revisitar essa história sob um olhar mais contemporâneo”, defende a atriz. Ela explica que ainda não está definida a forma como o espetáculo chegará ao público, se será por meio de live ou se será, finalmente, com o público presente. “Acredito que é o meu sonho e de todos os artistas de teatro, não só de Alagoas, mas de todo o Brasil, que nossas estreias em 2021 seja com o público presente. É assim que o teatro realmente acontece. E esse projeto tem um significado especial para mim, que há tanto tempo quero voltar a fazer teatro. E fazer teatro é sentir o calor do público, o burburinho, o terceiro sinal, é a experiência”, diz. “Mas, caso não ocorra de as casas de espetáculo abrirem as portas até a estreia, planejamos uma grande estrutura para transmitir o espetáculo pela internet, vislumbrando amplificar a experiência do público”, revela Roberta Aureliano. Na música, lançamentos de Wado, Eliezer Setton, Mácleim, Kel Monalisa, May Honorato, Andréa Laís, Wilson Miranda, Larissa Gleiss, LoreB, Millane Hora e de outros grandes nomes da cena musical, entre novatos e veteranos, prometem movimentar as playlists com músicas produzidas no estado. Já é possível afirmar, inclusive, que 2021 deve ser o ano com o maior número de álbuns autorais lançados em Alagoas. “A pandemia colocou tudo sob uma perspectiva nova, improvável e desafiadora. Falo no que se refere ao trabalho artístico como parte da renda e como parte da vida. A minha intenção é falar do que esses meses fizeram conosco, com o nosso fazer artístico e com a nossa humanidade”, adianta a cantora e compositora May Honorato. May lançou seu primeiro álbum, Clarão, ainda no começo da pandemia do novo coronavírus. Agora, em 2021, pretende lançar um EP. Para ela, o ano promete grandes trabalhos musicais. “Acredito, considerando os artistas que terão seus trabalhos apoiados pelos editais, que 2021 vai ser surpreendente quanto aos lançamentos e espero que o processo continue e outros artistas possam ser contemplados como é devido e merecido”, conclui.

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