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Caderno B

Dia Alagoano do Teatro

Data será comemorada de forma virtual pelo segundo ano consecutivo, com série de vídeos no YouTube

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Imagem ilustrativa da imagem Dia Alagoano do Teatro
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Três gerações distintas do teatro alagoano integram a programação na celebração virtual do Dia Alagoano do Teatro, realizada pela Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), em uma série de vídeos que contam a história e apresentam trechos de espetáculos da Associação Teatral das Alagoas (ATA), CIA do Chapéu e Coletivo Heteaçã.

Os vídeos serão exibidos de 14 a 16 de maio, no canal do Teatro Deodoro no Youtube. Na sexta-feira, a estreia fica com a Associação Teatral das Alagoas (ATA); no sábado, é a vez da CIA do Chapéu; e, finalizando no domingo, vem o Coletivo Heteaçã. Os vídeos podem ser assistidos pelo link: https://www.youtube.com/user/Ascomteatro . As estreias ocorrem sempre ao meio-dia.

Pelo segundo ano consecutivo, a Diteal realiza programação online, substituindo o presencial, devido à pandemia da Covid-19. O Dia Alagoano do Teatro não é uma data meramente comemorativa, se trata de um momento oportuno para destacar uma figura importante nas artes cênicas de Alagoas, considerada a primeira dama do teatro alagoano, Linda Mascarenhas, enaltecer o seu legado e reforçar que a sua luta pela valorização do teatro de Alagoas não ficou para trás, permanece atual.

“Há quase 20 anos, o palco oficial do estado celebra o Dia Alagoano do Teatro. Nos últimos dois anos, tivemos que nos adequar ao triste momento que estamos vivenciando, mas honramos o compromisso da instituição e mantivemos na grade artística anual do estado a celebração de uma data tão significativa para as artes cênicas em Alagoas. Para marcar a data, a Diteal, que tem à frente o nosso Teatro Deodoro, produziu vídeos documentários, destacando importantes grupos teatrais, de momentos diferentes, porém, demonstrando a resistência do nosso fazer artístico e a força do teatro alagoano. Os grupos que este ano participam do projeto são: ATA – Associação Teatral das Alagoas, fundado por Linda Mascarenhas em 1955 e ainda com importante atuação local; CIA do Chapéu, com 18 anos de atuação; e Coletivo Heteaçã, com sete anos de atividades, e, assim também, prestamos nossas reverências à Dama do Teatro de Alagoas, Linda Mascarenhas, que se tornou ícone na história do Teatro Alagoano”, acrescentou o gerente artístico e cultural da Diteal, Alexandre Holanda.

Sobre a data

O Dia Alagoano do Teatro foi instituído em 2003 e, desde então, é comemorado em 14 de maio, aniversário de Linda Mascarenhas. Atriz, dramaturga, professora e ativista cultural. Fundadora da Associação Teatral das Alagoas (ATA) e da Associação dos Cronistas Teatrais de Alagoas, Linda participou ainda do movimento que resultou na criação da Federação Alagoana de Teatro Amador e do Grupo Literário de Alagoas. Estava sempre produzindo e procurando novos talentos, deixou enorme contribuição para o desenvolvimento e valorização do teatro no estado e se tornou inspiração. Linda Mascarenhas dá nome ao teatro do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) e ao café no foyer do Teatro Deodoro.

Em cena

A série de vídeos da Diteal inicia com a Associação Teatral das Alagoas, instituição reconhecida de Utilidade Pública Estadual e Municipal, que teve à sua frente durante décadas Linda Mascarenhas, ícone do teatro alagoano. Nos seus 65 anos de existência, a ATA montou cerca de 80 peças, sendo 60 espetáculos teatrais entre infantis e adultos, inúmeras performances e intervenções, além de 20 espetáculos educativos e para empresas.

No vídeo, a ATA apresenta trechos dos espetáculos A Terra de Ledo Ivo, de Ledo Ivo, com adaptação de Ronaldo de Andrade e direção colaborativa da ATA; Macbeth: Ambição e Sangue, de William Shakespeare, com adaptação e direção de Lindianne Helliomarie; e A Princesinha Mimada e O Dragão Malvado, de Lauro Gomes, dirigido por Juliana Teles e Rivaldo Lisboa. O ator, dramaturgo e presidente da ATA, Ronaldo de Andrade; a atriz, diretora e sócia efetiva da ATA, Juliana Telles, e o estudante de Arte Dramática da ETA/Ufal e sócio efetivo da ATA, Neto Portella, falam sobre a associação, o teatro alagoano e suas vivências.

Imagem ilustrativa da imagem Dia Alagoano do Teatro
| Foto: Jonathan Lins

Em cena, nas gravações, estão os atores Ronaldo de Andrade, Juliana Teles, Laís Queiroz, Lindianne Helliomare, Monique Dantas, Rejane Lins, André Lins e Wellington Lira.

A segunda atração da série da Diteal é a CIA do Chapéu, um coletivo de artistas cênicos com 18 anos de atuação ininterrupta em Alagoas, tendo, em seu currículo, também apresentações em outros Estados, como Pernambuco e Paraíba. Sua formação tem início a partir da realização de jogos e improvisações no Centro de Maceió, em 2002, com a estreia de seu primeiro espetáculo em 2003. Desde então, somam-se ao seu histórico sete montagens (duas delas contempladas com prêmios de fomento à arte, um estadual e outro nacional); produções locais de grupos visitantes; o projeto de intervenções urbanas Jornada de Intervenções; o Chá da Tarde, espaço de diálogo entre a classe artística a respeito de questões pertinentes à área; além de uma série de ações voltadas para empresas e instituições educacionais. E desde 2016, a CIA do Chapéu integra o conjunto de grupos locais responsável pela gestão e realização do Festival de Artes Cênicas de Alagoas (FESTAL), projeto contemplado três vezes consecutivas no Prêmio do Edital Algás Social.

No vídeo, o grupo apresenta trechos dos espetáculos Uma Noite em Tabariz, texto de Sávio de Almeida, música de Mácleim e direção de Tácia Albuquerque; e Tarja Preta, dirigido por Thiago Sampaio e Donda Albuquerque. O ator, diretor e dramaturgo, Thiago Sampaio, e a atriz e figurinista, Joelle Malta, contam a história, falam das características e repertório da CIA. Em cena, estão as atrizes Laís Lira e Joelle Malta, além do músico Del Cavalcanti.

O terceiro e último vídeo da comemoração ao Dia Alagoano do Teatro 2021 é com o Coletivo Hetéaçã, um grupo de teatro que reside em Maceió desde 2013. Sua criação foi motivada pelo desejo em desenvolver uma prática coletiva que possibilitasse a experimentação de manifestações cênicas na rua e em espaços alternativos dialogando com diversas linguagens. Em seu primeiro ano, estreou com a intervenção urbana “Eu, estranho”. No mesmo período criou a performance “O que te sufoca”. Em 2014, estreou “Mamulengo do Ambrósio”, espetáculo de teatro mamulengo baseado nas brincadeiras tradicionais populares e a literatura de cordel, estreado no Festival Natal Luz em Garanhuns-PE, posteriormente apresentado na mostra FRINGE - Festival de Curitiba e remontado em 2016 junto a Cia Armorial Teatro de Bonecos. Após a remontagem foi contemplado pelo edital municipal de Maceió “Ocupe a Praça” e convidado para integrar a programação do FESTAL. Além disso, realizou circulação em 2017 por oito cidades de quatro estados do nordeste (AL, PE, RN e PB) através da campanha de financiamento coletivo “Mamulengo Vai Brincar”, via Catarse.

O Coletivo também é criador da aula-espetáculo “Des-mascarar - do treinamento energético à animAção” estreada em 2015, da oficina “Do treinamento energético à criação”, além da “I Mini mostra de Teatro Lambe Lambe de Maceió” que, em 2015, ocupou cinco pontos da cidade durante cinco dias.

Em 2018, estreou os espetáculos “Entre rio e mar Há lagoanas” com direção de Gessyca Geyza e “Os Filhos do Céu e os Corações de Tambor” com direção de Toni Edson, ambos contemplados pelo Prêmio Eris Maximiniano 2015 – Lei de Incentivo à cultura de Maceió. As linhas de pesquisa do Coletivo são o treinamento energético, a máscara Teatral, a mímese corporal e o Teatro Lambe Lambe.

No vídeo produzido pela Diteal, o coletivo apresenta trechos do espetáculo Entre Rio e Mar Há Lagoanas. Com texto de Bruno Alves, a peça traz no elenco Gessyca Geyza, Nathaly Pereira e Wanderlândia Melo. As três entram em cena na produção audiovisual. A atriz e diretora, Gessyca Geyza, a produtora cultural, Keka Rabelo, e o diretor Toni Edson falam sobre o trabalho do coletivo nas entrevistas do vídeo.

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