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Nº 5759
Caderno B

Celso Brandão lança ‘Velas’, novo livro de artes do multiartista

Ensaio fotográfico foi inspirado em regatas que ocorrem em festas religiosas no Baixo São Francisco

Por Da editoria de Cultura, com assessoria | Edição do dia 26/12/2022 - Matéria atualizada em 26/12/2022 às 14h43

 

Foto: Celso Brandão
  

As regatas que ocorrem durante festas religiosas no Baixo São Francisco, em cidades ribeirinhas de Alagoas e de Sergipe, se converteram em inspiração para o multiartista alagoano Celso Brandão. O fotógrafo acaba de lançar o livro ‘Velas’, publicado por meio de uma parceria entre a Imprensa Oficial Graciliano Ramos e a editora francesa Sensible Édition, sob o selo Estrela do Norte. O livro reúne imagens em cores, registradas nos anos de 2019 e 2020, nos municípios de Entremontes, Pão de Açúcar e Porto da Folha.


A obra chega, segundo a Imprensa Oficial, após o sucesso editorial do livro ‘Ilha do Ferro’. Trata-se de um compêndio de fotografias inéditas de um dos mais importantes fotógrafos de Alagoas, que se dedica a eternizar costumes e investigar, com suas lentes, as tradições populares do Estado.


‘Velas’ é fruto da participação de Celso Brandão no coletivo Missão do Rio São Francisco, grupo sem fins lucrativos, formado por fotógrafos, videomakers, artistas plásticos e escritores de Alagoas, Minas Gerais e São Paulo, interessados pelas questões relacionadas ao Velho Chico. O diretor artístico do coletivo é o renomado fotógrafo e curador francês Pierre Devin, também responsável pelo site bilíngue Territoire Sensible, no qual pode-se aferir a dimensão do contexto em que o livro do alagoano está inserido.


Segundo Celso Brandão, a ideia da Missão do Rio São Francisco surgiu depois da publicação do livro Ilha do Ferro, em 2017. Para ele, o lançamento deste livro representa uma realização pessoal como fotógrafo, mas vai além por se tratar de um dos feitos do coletivo de artistas que permanece atuante, apesar da pandemia da Covid-19. “Por ser em cores, e não no meu habitual preto e branco, neste trabalho me aproximei da centenária estética abstracionista, que tanto admiro, e que também liberou minha fotografia para outras abordagens”, afirma.


Celso Brandão nasceu em Maceió, em 1951. Recebeu do pai a primeira máquina fotográfica aos 13 anos e, desde então, não parou de fotografar e filmar. Fez parte do Movimento Superoitista, nos anos 1970, em Alagoas. Brandão é autor de uma série de documentários de curta metragem sobre cultura popular nordestina. Já as obras de arte fotográfica de sua autoria fazem parte da coleção Pirelli, do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e de coleções do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) e da Maison Européenne de la Photographie (MEP).


Raízes das Alagoas


Na semana que finda, uma verdadeira confraternização literária, encabeçada pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e Editora da Universidade Estadual de Alagoas (EdUneal), foi responsável por apresentar a coleção Raízes das Alagoas – uma antologia formada por obras clássicas, seminais, sobre a formação social, cultural e econômica do estado, escritas por autores alagoanos renomados.


Nesta edição, foram lançados: Episódios do contrabando de africanos nas Alagoas e As Alagoas na guerra da independência, ambas de Abelardo Duarte; Maceió, de Craveiro Costa; A Tragédia do Populismo – o impeachment de Muniz Falcão, de Douglas Apratto Tenório; Notas sobre poder, operários e comunistas em Alagoas, de Luiz Sávio de Almeida; O banguê nas Alagoas: traços da influência do sistema econômico do engenho de açúcar na vida e na cultura regional, de Manuel Diégues Júnior; e O centenário da emancipação de Alagoas, de Moreno Brandão.


No evento gratuito e aberto ao público, outros dez autores contemporâneos, incluindo Celso Brandão, exibiram suas novas obras ao público. Foram eles: Leonardo Bittencourt, autor de Início Meio Fim; Sara Albuquerque autora de Caspas e Muriçocas; Jorge Tenório, autor de Arame Farpado; Enio Lins, autor de Mitofobia; Mirelly Câmara, autora de Mulheres Eróticas; Edberto Ticianeli, autor de Jangada Independência; Nide Lins, autora do Guia da Gastronomia Popular Alagoana; e Arnaldo Paiva Filho, autor de Dona Santa.

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