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Nº 5885
Caderno B

Confira cinco artistas alagoanos para ficar de olho em 2023

Novo ano promete ser intenso e cheio de novidades para o setor cultural em Alagoas

Por Thauane Rodrigues* | Edição do dia 10/01/2023 - Matéria atualizada em 10/01/2023 às 16h51

Diante do cenário promissor para que a cultura volte a ser celebrada no Brasil e, consequentemente, em Alagoas, artistas e realizadores preparam novidades para que 2023 seja ainda mais movimentado, dos palcos às casas de shows.

O Caderno B selecionou cinco artistas para o público ficar de olho, mas, além deles, há muito mais para não perder de vista nas artes em Alagoas. Novos filmes, lançamentos cinematográficos, shows memoráveis. Preparamos um pequeno spoiler do quem vem por aí.

SHOWS

Ainda esta semana, Maceió recebe o Verão Massayó, evento da Prefeitura de Maceió quevai movimentar a cidade e o bairro Jaraguá. São shows de nomes como Baianasystem, Dudabeat, Pitty, Alceu Valença, Jorge e Mateus e muito mais. Além disso, artistas gigantes da cultura alagoana se apresentam nos dois palcos no bairro histórico.

E por falar em Jaraguá, cada vez mais as ruas históricas têm sido ocupadas pelo público, que vai em busca de festas temáticas e culturais. O produtor cultural e empresário Filipe Mariz, que dirige um estabelecimento no local, tem acompanhado e feito parte da efervescência cultural do bairro.

 

Foto: Cortesia
 
O produtor cultural conta que já está em contato com alguns artistas, mas que ainda não pode revelar muita coisa.

“O Jaraguá é fundamental para a formação de artistas e público na capital, onde as pessoas podem se expressar e curtir tanto a cultura como o entretenimento. Eu sou meio jovem, não vivi o estopim do Jaraguá, só de ouvir, então creio que a gente não precisa repetir a história e sim construir um lugar onde as pessoas possam se sentir livres e seguras para curtir, em um local dentro da cidade e de fácil acesso, com boa música, bons drinks e diversão garantida”, afirma Mariz.

EM CENA

 

Foto: Cortesia
 
Animado com 2023, o ator Matheus Marin enxerga o novo ano como um suspiro de esperança. Após estrear recentemente sua peça autoral, ‘Carranca’, e o longa-metragem “Serial Kelly” do alagoano René Guerra, allém de filmar o longa “Deus Ainda é Brasileiro”, de Cacá Diegues, Marin se prepara para embarcar em muitas novidades. Uma das grandes apostas, é sua entrada no mundo musical.

Ainda neste mês de janeiro, o artista revela que irá abrir um workshop para trabalhar a comunicação do público e a câmera através do teatro. O evento acontecerá na Escola Criattiva, durante uma semana intensa, cheia de experimentos para incentivar a auto descoberta, a autoconfiança e melhores expressões.

“Eu planejo ser um artista que o público tenha vontade de acompanhar, dito as vertentes que pretendo explorar. Meu primeiro produto foi um espetáculo de teatro, iremos retomar os ensaios e uma montagem reformulada surgirá, corrigindo erros e adicionando melhorias. Pretendemos apresentar o espetáculo na Ilha do Ferro e, após isso, quero emendar o cinema e o teatro para alcançar novos ares. A longo prazo, apadrinhado pelas pessoas certas, iniciarei minha carreira nas plataformas de música também. Tenho um álbum de estúdio formado na minha mente, só preciso executá-lo e sei que os editais também me incentivarão”, contou.

 

Foto: HUGO TAQUES
 
Já o ator veterano Zé Márcio, conta que neste ano colocará em prática os projetos pensados durante a reclusão da pandemia. Cheio de trabalhos e parcerias com o ator Homero Cavalcante, Zé Márcio afirma que terá um ano muito movimentado, pois aparentemente, os “parafusos da criatividade” foram apertados e cada vez mais coisas estão fluindo.

Novos textos, montagens de espetáculos, monólogos, obras antigas, bastante coisa está no planejamento do artista. Um exemplo é a remontagem do monólogo “Balanço Final”, que promete render boas risadas e reflexões para o público. Trabalhando com teatro há mais de 50 anos, o artista destaca também que pretende passar seu conhecimento e experiência para os atores da nova geração.

“Tem muito projeto bom e acredito eu que tenha sido devido a inércia da pandemia. Artista não pode ficar parado e quando tivemos que ficar, começamos a escrever. Um projeto que foi aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura provavelmente ainda saia neste ano, talvez no segundo semestre. Já temos planos até o Natal de 2023, não sei se dará tempo de fazer tanta coisa, mas estamos confiantes”.

AUDIOVISUAL

 

Foto: Cortesia
  
Após ganhar destaque com seu último curta-metragem em diversos festivais, o cineasta Ulisses Arthur está animado com o audiovisual local. Com novos projetos e desafios, logo mais o público alagoano poderá conhecer o curta-metragem ‘O Aniversário de Aleluia B. da Silva’, que está em processo de finalização.

Ansioso para lançar e ver a repercussão do curta, que é um melodrama anárquico, cheio de deboches e ironias, gravado com um elenco excepcional, Ulisses revela que a gravação do seu primeiro longa-metragem também será um marco de 2023 e a realização de um sonho antigo.

“Este ano, com certeza, será muito animado, para mim e para o movimento do cinema alagoano como um todo. Além dos muitos lançamentos que temos pela frente, estamos entrando numa fase de realização dos projetos mais robustos e desafiadores. Uma realização que deixa o ano ainda mais especial, é que vou gravar o meu primeiro longa-metragem, o “Não Estamos Sonhando”. São seis anos de desenvolvimento e agora terei a oportunidade de dirigir um projeto maior, que precisa de fôlego, muita articulação e estruturas ainda mais complexas”, adiantou.

MÚSICA

 

Foto: Divulgação
  
Empolgado e já no pique de retomada dos espetáculos, de acordo com o Maestro Luiz Martins, a Orquestra Filarmônica de Alagoas está preparando um ano repleto de música, aprendizado e alegria. A temporada de 2023 estará sendo lançada nos próximos dias e será bem intensa na capital e no interior de Alagoas.

O público poderá apreciar as séries Allegro, já conhecida pelos clássicos; a Mundo, que além de valorizar ainda mais o artistas locais,  contará também com a apresentação de um artista nacional; e a Didática, que será voltada para as escolas públicas e privadas. A Filarmônica também está preparando um momento voltado para inclusão e acessibilidade.

“A Filarmônica é um sintoma da coletividade, o nosso trabalho é formado por muitas mãos e nossa expectativa é continuar com essa proposta coletiva. Estamos visualizando novos temas, teremos, este ano, noites dedicadas somente ao jazz, ao chorinho e outras ideias maravilhosas. Terá muita novidade e contamos com a participação do público que sempre nos acolheu tão bem”, revelou o maestro.

*Sob supervisão da editoria de Cultura

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