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Protagonismo feminino

Imprensa Oficial lançará cinco livros escritos por mulheres

Conheça autoras de Alagoas e saiba em primeira mão sobre obras que devem ser lançadas na próxima Bienal

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Na luta para assumir lugares de liderança e protagonismo em suas histórias, diversas alagoanas têm encontrado na literatura formas de driblar o machismo enraizado na sociedade. Seja contando os caminhos que já trilharam, os aprendizados adquiridos, dando voz a outras ou abrindo espaço para os sonhos, cada vez mais mulheres têm ocupado as prateleiras das livrarias.

Entre contos, poesias, críticas sociais, receitas tradicionais e até mesmo histórias infantis, um grande exemplo do destaque das autoras têm sido os livros publicados pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Todos os anos, o número de mulheres autoras tem aumentado e o próximo lançamento da editora é um reflexo disso.

Com diversos exemplos de sucesso, entre eles estão “Veludo Violento” de Natasha Tinet, que ganhou o segundo lugar do Prêmio Literário da Biblioteca Nacional em 2019; “Pedra perdendo seiva” de Amanda Prado; “O grito como navalha” de Ana Iris Santos e “Valsa Triste” de Fátima Costa.

Neste ano, durante a Bienal, cinco livros escritos por mulheres serão lançados pela Imprensa Oficial. Com obras distintas, porém interligadas pela força feminina, Larissa Fontes, Anna Kelmany Araújo, Edilma Bomfim Acioli, Heliônia Ceres, Maria Heloísa Melo de Moraes e Mãe Neide Oyá d’Oxum levarão mais conhecimento e cultura para os leitores.

Fruto de seu trabalho de mestrado, Larissa Fontes lançará a obra “O dom do segredo - A negociação do segredo ritual nas religiões afro-alagoanas”. Trazendo reflexões sobre as relações misteriosas e secretas existentes dentro das cerimônias de religiões de matriz africana, a obra surgiu a partir da produção de um ensaio fotográfico realizado em 2011.

Já Anna Kelmany Araújo, autora do livro “Em Pau D’arco muitas flores - Memória, território de parentesco e fronteira étnica”, o leitor poderá descobrir um outro imaginário acerca dos quilombos alagoanos. A obra retrata o silenciamento de uma comunidade do Agreste de Alagoas.

Em uma análise sobre os contos do livro “João Urso”, de Breno Accioly, a autora Edilma Bomfim Acioli reflete, em seu livro “Razão Mutilada”, sobre os personagens da obra, sob a ótica da psicologia de Carl Gustav Jung, abordando transtornos psicológicos e comportamentais que têm se destacado na atualidade.

Fazendo parte da lista de mulheres alagoana escritoras, Heliônia Gomes, em “Olhar de Besouro”, mostrará ao público uma coletânea de contos que trazem narrativas ao estilo do realismo fantástico, reunindo algumas de suas melhores criações, com diversos cenários, repletos de enredos envolventes e até com um pouco de terror.

Outra obra presente no lançamento vindouro é “Cor, som e sentido - A metáfora na poesia de Djavan”, de Maria Heloísa Melo de Moraes. Mostrando as conexões entre a música popular e a poesia, a autora tem como objetivo contribuir para o conhecimento da poesia e da metáfora utilizando as canções do artista alagoano.

Além disso, misturando gastronomia, sabores ancestrais e literatura, a chef Mãe Neide Oyá d’Oxum apresentará a obra “Receitas afro-ameríndias da Serra da Barriga”. O livro mostrará a culinária tradicional dos povos pretos e indígenas de Alagoas, além de contar um pouco da história da autora que é ialorixá e mestra do Patrimônio Vivo de Alagoas.

*Sob supervisão da editoria de Cultura

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