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quarta-feira, 25/06/2025 | Ano | Nº 5996
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Economia Criativa ostra força e deve crescer ainda mais em Alagoas

Empresas do setor movimentaram R$ 560 milhões no Estado em plena pandemia, mostra PIB da cultura

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Amplo, inovador e muito criativo. Cheio de características, a economia criativa alagoana vem ganhando espaço e, principalmente, deixando sua marca registrada. Criado na década de 1990, o jovem termo designa um circuito que envolve filmes, shows, música, livros, espetáculos e diversos outros serviços que têm como insumo básico a criatividade.

Vivendo um período de efervescência em Alagoas, o despertar dos gestores, empresas e artistas para a economia criativa vem movimentando a cena local e, até mesmo, causando mudanças animadoras.Uma delas foi a mudança da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas para Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, visando construir políticas públicas para o setor.

De acordo com os dados do PIB da Economia da Cultura e Indústrias Criativas no Brasil, empresas criativas movimentam R$ 560 milhões em Alagoas. Para a secretária Mellina Freitas, cultura é desenvolvimento e é importante acreditar na diversidade cultural como fator que impulsiona o desenvolvimento e que movimenta uma cadeia produtiva que gera trabalho, emprego e renda, e que promovem inclusão social.

“Com a nova conjuntura, onde a Secretaria tornou-se uma pasta de Cultura e Economia Criativa, nosso trabalho foi ampliado e temos o desafio de tornar Alagoas referência, tanto de modelo de desenvolvimento quanto de Estado que consegue transformar sua diversidade cultural em serviços”, disse ela.

Elder Maia, especialista em Economia Criativa, afirma que novas estruturas administrativas podem construir diretamente políticas públicas que destinem da melhor forma créditos para as micro e pequenas empresas criativas, além de estimular o empreendedorismo cultural e a capacitação profissional dos trabalhadores da cultura.

“Essas atividades, em conjunto, geram oportunidades de renda e melhoria de vida, especialmente para as pessoas que trabalham nas cadeias de valor do transporte, alimentação, hospedagem, logística, música e entretenimento. Em 2021, a economia criativa adicionou 580 milhões de reais, em Maceió esse valor foi de 230 milhões. São montantes muito expressivos”, disse ele.

O estudioso ainda explica que o momento vivenciado por Alagoas acontece devido à convicção, por parte dos gestores e também da pressão exercida pelo movimento artístico organizado, de que a cultura também é uma fonte econômica estratégica. Além disso, ocorreu um aumento expressivo dos investimentos e recursos destinados à cultura em âmbito nacional, oriundos da Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc.

Para Elder Maia, os alagoanos criativos ainda têm muito para crescer e tornar a economia criativa uma grande potência de Alagoas. “É necessário elevar o orçamento destinado para o setor, uma vez que, de acordo com a ONU, a cada um dólar investido em cultura e criatividade o retorno é de um dólar e sessenta e cinco centavos, o mesmo vale para o Brasil”.

Composta de vários segmentos, segundo o produtor cultural Felipe Guimarães, é importante entender como a cultura vem sendo tratada dentro da economia criativa. De acordo com ele, o ponto chave da questão é a qualificação dos fazedores de cultura alagoana.

“O segmento cultural em si, as empresas que fazem parte do segmento cultural, precisam de incentivo para se estruturar, incentivo tecnológico, capacitação profissional e isso é preciso ser visto”, disse ele.

“A cultura irá receber das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo grandes recursos e essa será a oportunidade de estruturar os fazedores de cultura como profissionais e empresas sustentáveis em meio a economia criativa como um todo”, completou.

*Sob supervisão da editoria de Cultura

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