AS CORES DO SOM
Filmes gravados em Alagoas integram mostra especial na Itaú Cultural Play
‘As cores do som’ reúne documentários que exploram a riqueza da música brasileira


A nova mostra da Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita de cinema brasileiro, estreou nessa sexta-feira (21), com um panorama da diversidade musical do País. Entre os oito documentários selecionados para compor “As cores do som”, dois foram filmados em Alagoas, reafirmando o estado como um polo cinematográfico relevante na construção de narrativas culturais.
O primeiro deles é Terra de ciganos (2024), um road movie musical dirigido por Naji Sidki, que percorre mais de 10 mil quilômetros pelo Brasil, incluindo Alagoas, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo. O filme retrata a vida nômade da comunidade cigana, que, apesar de sua expressiva população no país, segue enfrentando preconceitos estruturais. A música, sempre presente nos acampamentos, se torna o fio condutor da obra.

Já Vou rifar meu coração (2011), de Ana Rieper, mergulha no universo da música brega, mesclando entrevistas com icônicos compositores do gênero, como Lindomar Castilho e Amado Batista, a relatos dos fãs sobre como as letras apaixonadas influenciam suas vidas. O documentário, que também teve parte de suas gravações realizadas em Alagoas, apresenta uma narrativa leve e divertida sobre as dores e delícias do amor romântico.
UM MOSAICO CULTURAL BRASILEIRO
A mostra "As cores do som" apresenta um recorte da música brasileira em sua multiplicidade de estilos, percorrendo gêneros como funk, punk, carimbó, brega e rap. Entre os filmes selecionados, estão Botinada – A origem do punk no Brasil (2006), de Gastão Moreira, que investiga as raízes do punk nacional, e Funk favela (2024), de Kênya Zanatta, que desconstrói estereótipos sobre o gênero musical que se consolidou na periferia paulista.
O documentário Terruá Pará (2023), de Jorane Castro, faz um mergulho sensorial nos ritmos amazônicos, enquanto Brega S/A (2009), de Gustavo Godinho e Vladimir Cunha, explora os bastidores do tecnobrega, fenômeno da periferia de Belém. Já Mangueira em 2 tempos (2020), de Ana Maria Magalhães, revisita a trajetória da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, conectando passado e presente. A programação ainda conta com Aqui favela, o rap representa (2003), que capta a ascensão do hip-hop no Brasil.
A Itaú Cultural Play pode ser acessada gratuitamente pelo site www.itauculturalplay.com.br, em smart TVs da Samsung, LG e Apple TV, além de aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast.