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CINEMA

Em ‘Bailarina’, Ana de Armas vive jornada sanguinária: ‘Não é spin-off de ‘John Wick’’, diz diretor

Filme estrelado pela atriz cubana que estreia nos cinemas é mais um capítulo da franquia de sucesso consagrada por Keanu Reeves

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Por cerca de duas horas, em meio a muitos tiros, lutas coreografadas e alguns clichês, o telespectador acompanha a jornada sanguinária de Eve
Por cerca de duas horas, em meio a muitos tiros, lutas coreografadas e alguns clichês, o telespectador acompanha a jornada sanguinária de Eve | Foto: Divulgação/Paris Filmes

John Wick é uma das raras franquias que tem sido mais bem-sucedida a cada lançamento, conseguindo arrecadar, ao longo de 10 anos, mais de U$ 1 bilhão nas bilheterias. De Volta Ao Jogo, o primeiro dos quatro filmes de ação estrelados por Keanu Reeves obteve U$ 86 milhões em 2014. Um Novo Capítulo Para Matar, de 2017, dobrou essa quantia para U$ 174 milhões. Parabellum, de 2019, ultrapassou a marca dos U$ 328 milhões. Baba Yaga, de 2023, embolsou U$ 425 milhões. Há também a minissérie O Continental, disponível no Prime Video, sobre a origem da rede de hotéis que hospeda os gângsteres daquele mundo.

É com todo esse histórico e apelo comercial que Bailarina, novo longa-metragem derivado do universo de John Wick, estreia nos cinemas nesta quarta-feira, 4, tendo Ana de Armas no papel de Eve Macarro, como a versão feminina do assassino de aluguel.

“Este filme não é um spin-off”, garante o diretor Len Wiseman (Anjos da Noite). “Ele corre paralelo à linha do tempo, acontece entres os capítulos 3 e 4. Então, é mais uma conexão com o mundo do que, digamos, uma prequela”, acrescenta.

“Acho que ‘derivativo’ é uma palavra agradável, mas já vi muitas sequências derivadas e vejo que John Wick se distancia disso porque há mais atenção voltada para o roteiro”, afirma o ator Ian McShane (Deadwood), que volta a interpretar Winston Scott, o gerente do Hotel Continental de Nova York. “A bailarina não é apenas uma nova personagem, não é o John Wick travestido. Há uma personalidade nela”, complementa o veterano.

As entrevistas foram concedidas em dezembro de 2024 durante a CCXP, em São Paulo, quando o cineasta e o elenco de Bailarina visitaram a capital paulista em uma turnê de promoção. Na ocasião, chegaram até a conhecer o Centro de Treinamento do Palmeiras, na Barra Funda, bem como o técnico Abel Ferreira.

O clã Ruska Roma

Por cerca de duas horas, em meio a muitos tiros, lutas coreografadas e alguns clichês, o telespectador acompanhará a jornada sanguinária de Eve, primeiramente sob a tutela da Diretora, interpretada por Anjelica Huston (A Honra do Poderoso Prizzi), espécie de figura materna que treina várias bailarinas-letais para que elas integrem a organização criminosa Ruska Roma.

“O filme mergulha mais fundo nos meandros da Ruska Roma, porque Eve está entrando ali e quer se tornar parte desse mundo, de onde John Wick passou muito tempo tentando sair. Nós conseguimos ver muito mais das camadas de como a Ruska Roma opera”, explica Wiseman.

Uma vez que a bailarina abre suas asas, ela parte em busca de vingança pela morte de seu pai, trauma que ela carrega desde a infância. Os vilões, de uma gangue rival que ‘mata por prazer, sem regras’, estão situados no frio do leste europeu e são comandados pelo Chanceler, encarnado por Gabriel Byrne (Ajuste Final).

O ator Norman Reedus, famoso por viver Daryl Dixon na saga The Walking Dead, tem uma participação pequena, mas importante. Além dele, conforme o trailer de Bailarina já entregava, Keanu Reeves também dá as caras em momentos-chave da trama.

De Cuba para Hollywood

De fato, quem carrega o filme é a atriz cubana de 37 anos, celebrada por seu trabalho em Blonde, no qual eternizou uma complexa representação da musa Marilyn Monroe e por isso foi indicada ao Oscar. Além disso, teve papéis de destaque em Entre Facas e Segredos e Blade Runner 2049, entre outros.

Perguntada sobre como Cuba a ajudou ou impôs dificuldades em sua carreira, ela falou: “Não acho que meu país teve algo a ver com o sucesso ou o processo da minha jornada. Apenas carrego comigo minha herança, minha cultura, minha ‘cubanidade’ e meu ritmo. E isso sempre estará dentro de mim e surgirá em diferentes níveis em cada personagem que eu interpretar”.

Agora, a depender do sucesso de Eve e seu filme solo, ficam abertas as portas para que ela retorne no quinto capítulo de John Wick – já confirmado pelo estúdio Lionsgate, mas sem data de estreia definida.

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