Artistas de Alagoas celebram sete vitórias no Prêmio Profissionais da Música

Há quase uma semana, artistas de diversas regiões de Alagoas retornaram de Brasília com sete troféus da edição 2025 do Prêmio Profissionais da Música (PPM), realizado entre os dias 26 e 29 de junho. A premiação é reconhecida por valorizar o cenário independente, com curadoria diversa composta por músicos e produtores renomados, que selecionaram nomes alagoanos em categorias como Rock, Música de Rezo, Videoclipe, Arranjo, Autor e Autora de Música e Letra.

O destaque de Alagoas no PPM envolveu artistas com trajetórias distintas, mas unidos pela busca por reconhecimento em um ambiente desafiador, que segue criando, lançando e se reinventando. Entre os vencedores, estão Gama Júnior e Laís Lira, premiados em diferentes categorias. A banda Artehfato venceu na categoria Rock, enquanto Chau do Pife foi reconhecido como Artista Instrumental. Del Cavalcanti, também do Artehfato, recebeu o troféu de Melhor Arranjador. Gama Júnior foi o mais premiado da delegação, com três estatuetas: Autor (Música e Letra), Música de Rezo (Nacional) e Videoclipe (Nordeste). A artista Suzi Mariana também foi consagrada como Autora (Música e Letra).

Filho do mestre Gama e atuante há três décadas na música alagoana, Gama Júnior comemorou os três prêmios:
“São 50 anos de vida e 30 de carreira, e é motivo de celebração porque a gente trabalha muito para ser reconhecido — ainda mais em nível nacional e internacional. É de grande importância para reafirmar nosso propósito. Receber um prêmio é um combustível para continuar a viver da música”, afirmou.

Também integrante da banda Artehfato, Laís Lira celebrou a vitória na categoria Rock e ressaltou a relevância da premiação como espaço formativo, além do reconhecimento artístico.
“É essencial olhar para iniciativas como o Prêmio Profissionais da Música como um grande exemplo de fomento à produção artística independente. Mais do que reconhecimento, são ações que oferecem conhecimento sobre o mercado da música e provocam reflexões sociais e políticas. Afinal, a arte é, por essência, política e social”.

Ela também destacou as dificuldades de manter uma produção cultural constante.

“É um reforço para nós, dentro do nosso contexto de produção musical. Um lembrete para não desistir, um respiro. O pensamento ‘eu continuo?’ surge justamente por conta das dificuldades no fomento e incentivo à cultura”.

Com 957 finalistas e 85 premiados, o PPM 2025 manteve seu formato em três etapas de avaliação: entre os próprios participantes, votação popular e júri especializado, contemplando os pilares de Criação, Produção, Convergência e Educação. Para os artistas alagoanos, o evento também foi uma oportunidade de troca, aprendizado e visibilidade em âmbito nacional.

“Nós conseguimos criar pontes, conexões importantes. Conhecemos outros artistas que estão nesse mesmo caminho que nós: o caminho de produzir de forma independente, com respeito ao público, à nossa criatividade e com muita qualidade. Alagoas se destacou porque tivemos uma caravana diversa e multitalentosa”, pontua Del.

Finalista nesta edição, Rodrigo Avelino sintetizou o sentimento coletivo ao refletir sobre o espaço proporcionado pelo prêmio:

“O Prêmio Profissionais da Música é uma grande celebração, lugar de encontros, de conexões, de entendimento da nossa arte e dos propósitos da música em nossas vidas. O prêmio é sinônimo de valorização de todos os profissionais envolvidos, um espaço onde não cabe o ‘indiretamente’, já que todos são fundamentais para o processo musical”.

Avelino também celebrou a diversidade da delegação alagoana:

“A participação alagoana cresce a cada edição e, especialmente este ano, foi mais do que especial, com representantes não só da capital, mas também do interior, onde a arte pulsa e muitas vezes não é vista. Alagoas brilhou. E este é o maior prêmio que poderíamos receber. O coletivo fez a diferença. Somos campeões!”.

*Sob supervisão da Editoria