Sonegação
MPAL desarticula esquema de fraude fiscal que causou prejuízo de R$ 16 mi
Irregularidades ocorriam em empresas atacadistas de alimentos, principalmente de farinha de trigo


O Ministério Público de Alagoas (MPAL) deflagrou ontem a Operação Ceres, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de falsificação de documentos e fraudes fiscais e societárias. A ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) e cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em Maceió e Arapiraca, por determinação da 17ª Vara Criminal da Capital.
Segundo o MPAL, o grupo operava por meio de empresas de fachada registradas em nome de “laranjas”, que não possuíam capacidade financeira compatível com as movimentações realizadas. As fraudes envolviam principalmente comércios atacadistas de alimentos, com foco na venda de farinha de trigo, e contavam com o apoio de profissionais da área contábil para estruturar o esquema e facilitar a falsificação de documentos.
As investigações começaram a partir de informações da Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz/AL), que identificou indícios de crimes contra a ordem tributária e falsidade ideológica. O prejuízo estimado ao Estado supera R$ 16 milhões, além de R$ 3,4 milhões em inscrições de dívida ativa.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos quatro veículos — uma Amarok, um Kicks, um Ford Ka e um Sedan.
A operação contou com o apoio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Segurança Pública (SSP), das Polícias Civil e Militar, e da Polícia Científica.
O nome “Ceres” faz referência à deusa romana da agricultura, símbolo da fertilidade e dos cereais — uma alusão ao trigo, principal produto comercializado pelas empresas investigadas.