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Eliana Custódio lança ‘Travessia’ e transforma dor em poesia na Bienal

Jornalista e escritora fala sobre o processo de cura que deu origem ao livro e de como seus poemas propõem coragem e esperança

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Imagem ilustrativa da imagem Eliana Custódio lança ‘Travessia’ e transforma dor em poesia na Bienal
| Foto: Cortesia

Da mesma forma que é impossível banhar-se no mesmo rio duas vezes, como afirma Heráclito de Éfeso, também não é possível continuar a ser a mesma pessoa após certos eventos que passamos na vida. Seguindo semelhante teoria, a jornalista e escritora Eliana Custódio conta, através de seus poemas, como realizou uma grande “Travessia” em sua vida. O livro Travessia será lançado na inauguração da 11° Bienal, hoje, 31 de outubro, no estande 17; e no dia 5 de novembro.

“O livro ganhou esse título porque simboliza uma transformação em vários aspectos da minha vida. Faço analogia entre as dificuldades que podemos ter numa caminhada e a necessidade de atravessar os dias difíceis com coragem. Dessa forma, título e conteúdo se entrelaçam e propõem um exercício de coragem e esperança na condução da vida”, conta Eliana.

Os poemas expressam, em parte, como a dor é sentida dentro de cada um. “Eu falo das dores, dos desencontros, das incertezas mas também trago em meus versos a mensagem da esperança e de que é preciso coragem para atravessar os momentos que não são agradáveis com fé e resiliência”, explica.

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| Foto: Cortesia

O livro foge do pessimismo dos poemas negativistas. “Sei que sofrer é inevitável, mas acho que a coragem é o sentimento que nos impulsiona a seguir com fé! Então, também há versos sobre amor, amizade e lirismo porque é preciso buscar a poesia que o cotidiano nos revela”, diz.

A escrita das estrofes de Eliana começaram fruto de um momento infeliz. De acordo com ela, foram os versos que a ajudaram em um dos momentos mais difíceis de sua vida, ajudando a por para fora o que sentia no coração.

“Perdi um filho. E escrever foi a forma que eu encontrei de não afundar na dor. Funciona como uma catarse e traz um pouco de alívio à minha alma. Os versos tem essa miscelânea de acontecimentos e vão da incerteza à coragem de seguir com esperança.”

Imagem ilustrativa da imagem Eliana Custódio lança ‘Travessia’ e transforma dor em poesia na Bienal
| Foto: Cortesia

O nome Travessia possui um duplo simbolismo dentro do livro. Além do significado do próprio substantivo que se relaciona com a vida da autora, ela explica que utilizou cada letra da palavra para definir os temas dos poemas. “Quando eu escolhi o nome também utilizei cada letra para tematizar os blocos de poemas. Assim o T de Travessia virou Tempo e nele reuni todos os poemas com essa temática. E assim por diante”, revela.

Parte de diversas organizações literárias, para Eliana, lançar o livro na Bienal traz um sentimento singular. “É uma felicidade para mim poder lançar o meu livro na Bienal. Eu faço parte de várias academias literárias e são vários autores com seus lançamentos e todos estão tendo esse espaço”, afirma.

Não somente os versos manifestam esperança em cada sílaba, mas a própria escritora. De acordo com ela, um dos objetivos que pretende alcançar com seus leitores é ajudar a seguir em frente. “Eu espero que o leitor se sinta encorajado a seguir adiante, independentemente do que ocorrer. Meus versos dialogam com o leitor como se quisesse pegar na sua mão e dizer: vamos em frente, coragem!”.

Imagem ilustrativa da imagem Eliana Custódio lança ‘Travessia’ e transforma dor em poesia na Bienal
| Foto: Cortesia

Eliana complementa seus desejos em uma última frase, desejando sentimentos positivos a todos os leitores, chamando para um aperto de mão coletivo através da poesia. “Deixo uma mensagem de esperança e de que é possível atravessar os momentos - até os mais difíceis - com fé! A poesia alimenta a nossa alma e rega o nosso jardim interno. Espero que as pessoas entrem nessa conexão!”.

*Estagiário sob supervisão da editoria de Cultura

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