DANÇA
Mon Plié emociona o público com o espetáculo ‘O Sonho de um Nordestino’
Academia de dança leva memórias, afetos e identidade ao palco do Teatro Gustavo Leite


A noite da última segunda-feira (17) marcou a história da Mon Plié Academia de Dança. No palco do Teatro Gustavo Leite, o espetáculo anual da escola levou o público a uma viagem sensível pelas raízes, memórias e afetos do Nordeste. O Sonho de um Nordestino celebrou técnica, emoção e pertencimento — guiado por histórias que, antes de serem coreografias, foram vivências.
A ideia do espetáculo nasceu do desejo de valorizar a cultura e a força do povo nordestino, segundo a diretora e coreógrafa da escola, Cíntia Santos. “Quis transformar essas memórias e essa identidade nordestina em arte, celebrando nossas raízes”, afirmou.
O processo criativo envolveu quase quatro meses de trabalho, desde a construção do enredo e definição das coreografias até a escolha das músicas. Cada turma mergulhou na essência da proposta, traduzindo em cena a potência de uma cultura que inspira.

Os bailarinos se envolveram de forma ativa na criação do espetáculo. “Inspiro mostrando que eles fazem parte de algo maior. Quando entendem isso, entram no palco com verdade, confiança e vontade de dar o melhor”, ressaltou Cíntia.
A participação dos alunos em decisões sobre montagem, figurinos e trilha sonora também foi fundamental para o resultado artístico.
Ao fim da apresentação, a diretora destacou o papel transformador da dança na vida dos jovens. Para ela, é por meio da arte que muitos alunos descobrem talentos, constroem memórias e encontram acolhimento. “É incrível perceber o quanto a dança salva”, disse, emocionada, ao lembrar os relatos de famílias que viram seus filhos superarem momentos delicados, incluindo episódios de depressão.

O Sonho de um Nordestino reforçou o compromisso da Mon Plié com uma arte que emociona, forma e transforma, defendeu a diretora. “Um espetáculo que, mais do que aplaudido, foi sentido”.

