O consórcio é uma das alternativas mais procuradas para quem deseja realizar um sonho de consumo, mas pode se transformar em pesadelo, caso não haja planejamento e atenção por parte do consumidor. A afirmação foi feita, ontem, pelo advogado especialista em Direito do consumidor, Fernando Maciel, com base em pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Consórcios, que aponta um em cada quatro consorciados em débito com as financiadoras. Fernando Maciel explica que o consórcio é um dos instrumentos contratuais mais fáceis de gerar aquisição de qualquer bem, sobretudo os de maior valor. “Ele, por si só, não é um instrumento inadequado”, declara o advogado. “O que o consumidor tem de fazer é verificar a empresa que está administrando o consórcio, para que não venha a ser lesado no futuro, e verificar se aquele valor que se propõe a pagar está dentro de seu orçamento”, enfatizou. Além disso – destaca Fernando Maciel – antes de participar de um consórcio, o futuro consorciado deve procurar o Procon e também o Banco Central, para colher informações. “No Procon ele vai verificar se o consórcio possui alguma queixa, e no Banco Central se o consórcio está devidamente habilitado”. Fernando Maciel destaca que se o consumidor não puder dar continuidade às prestações do consórcio, deverá comunicar oficialmente ao grupo de consórcio. “Ele deverá postular o recebimento do que já pagou, descontando os valores que tenham sido gastos com os custos do consórcio”, salientou o advogado, lembrando que este direito consta no Código de Defesa do Consumidor.