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Nº 5759
Cidades

Prefeitos elegem representante no Comit� do S. Francisco

MAIKEL MARQUES Os 17 prefeitos que compareceram à reunião plenária promovida pela Coordenadoria Estadual do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, ontem pela manhã, na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), elegeram, por unanimidade de

Por | Edição do dia 10/09/2002 - Matéria atualizada em 10/09/2002 às 00h00

MAIKEL MARQUES Os 17 prefeitos que compareceram à reunião plenária promovida pela Coordenadoria Estadual do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, ontem pela manhã, na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), elegeram, por unanimidade de votos, os prefeitos de Piranhas, Inácio Loyola, e de Pão de Açúcar, Jorge Dantas (suplente), como os representantes do poder público municipal no comitê. O órgão será empossado no próximo dia quatro de outubro e tem por finalidade gerir, a partir de discussões com representantes da sociedade civil, o uso dos recursos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. A reunião para escolha do representante do poder público municipal contou ainda com a participação de Rui Anastácio, representante da Agência Nacional das Águas (ANA), pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas, e do subsecretário de Recursos Hídricos, Maurício Malta, que durante palestra alertou aos prefeitos a importância do engajamento popular na formação do comitê da bacia do São Francisco. Política de uso “O comitê é o instrumento que vai de fato organizar e regulamentar toda a política de uso das águas do São Francisco, evitando, assim, a prática de ações nocivas ao meio ambiente. Ele será o espaço de aprovação de reivindicações em favor do rio ou mesmo de combate a ações de degradação”, explicou Maurício aos prefeitos presentes ao encontro, na manhã de ontem. Inácio Loyola prega mobilização popular pela preservação do rio Eleito representante do poder público municipal alagoano no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, o prefeito de Piranhas, Inácio Loyola, afirmou, em seu discurso, que defender o São Francisco “é uma questão de amor e que isso significa lutar pela maior dádiva da natureza para o Nordeste do País”. Ele prometeu um sério engajamento, a partir de mobilização da sociedade como um todo, em defesa do processo de sua revitalização. Diante do momento de dificuldade por que passa o Rio São Francisco, Loyola reforçou a importância da participação não só da sociedade ribeirinha, mas ainda de todo e qualquer cidadão que dependa dos recursos do rio para sua sobrevivência. Revitalização “Precisamos nos engajar na luta pela revitalização e preservação do meio ambiente em torno do Rio São Francisco, a maior dádiva da natureza para o Nordeste e que vinha sendo transformado na grande discórdia nacional”, afirmou. Tendo o presidente da AMA, prefeito Jorge Dantas, como seu suplente, Inácio Loyola ressaltou a importância do processo de revitalização como forma de conferir ao São Francisco a importância que lhe é devida: a de proporcionar o sustento das comunidades ribeirinhas e ainda ajudar no desenvolvimento econômico da região por onde passa. Inácio acredita que o surgir das dificuldades vai ajudar na conscientização de todo e qualquer cidadão dependente de seus recursos para sobreviver. “A população vai aos poucos cobrar das autoridades governamentais investimentos eficazes e determinantes à sobrevivência do rio”, ressaltou. Alagoas terá seis integrantes A coordenadora estadual da mobilização para formação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Eneida Brito, disse que Alagoas contará com seis representantes na entidade. O comitê, acrescenta Eneida, é composto por 60 membros, representantes da sociedade civil e do poder público, eleitos ainda a partir de processo democrático nos Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Goiás, além do Distrito Federal. Para a coordenadora estadual da mobilização, o processo de degradação por que passa o Rio São Francisco e soluções em favor de sua recuperação, que os representantes do comitê podem propor, são o principal ponto de todo o debate em torno da sobrevivência do rio. Ela alerta ainda para a importância da participação popular nas discussões em torno da escolha dos representantes que terão papel decisivo na gestão de uso dos recursos do São Francisco. “Em vez de decisões unilaterais de burocratas, nossos representantes é que vão ajudar a decidir as estratégias ou projetos de recuperação das áreas hoje degradadas”, reforça Eneida Brito.

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