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Nº 5759
Cidades

D�bito leva empresa a cortar fornecimento de g�s � Sta. M�nica

Um débito de aproximadamente R$ 360.000,00 (já corrigidos), acumulado em faturas pendentes desde 1996, levou a White Martins a anunciar a suspensão do fornecimento de oxigênio para a Casa Maternal Santa Mônica. Segundo a diretoria da empresa, a decisão f

Por | Edição do dia 11/09/2002 - Matéria atualizada em 11/09/2002 às 00h00

Um débito de aproximadamente R$ 360.000,00 (já corrigidos), acumulado em faturas pendentes desde 1996, levou a White Martins a anunciar a suspensão do fornecimento de oxigênio para a Casa Maternal Santa Mônica. Segundo a diretoria da empresa, a decisão foi tomada após várias tentativas de negociação com a Fundação Universidade de Ciências de Saúde de Alagoas – Uncisal, sem que a instituição tenha demonstrado qualquer predisposição em quitar o débito. Além da suspensão do fornecimento a White Martins ajuizou ação, distribuída na 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, cobrando o débito. O diretor-executivo da empresa para as regiões Norte e Nordeste, Jorge Reis, que está em Alagoas para tratar dessa questão, afirmou que as tentativas de negociação incluíram diversos contatos com a direção da Uncisal, comunicados às secretarias municipal e estadual de Saúde, ao Conselho Regional de Medicina e ao Sindicato dos Hospitais, até uma solicitação não atendida de audiência com o governador Ronaldo Lessa. No dia 16 de agosto a maternidade foi notificada, por cartório, da decisão de interromper o suprimento de oxigênio, o que vai acontecer a partir do dia 24 de setembro. Estranheza A diretoria da empresa diz reconhecer que a Santa Mônica é a principal maternidade do Estado capacitada ao atendimento de emergência em partos de alto risco, tratamentos intensivos de recém-nascidos prematuros e outros procedimentos e destaca que, exatamente por isso, sustentou até agora o fornecimento dos gases medicinais, apesar da inadimplência de mais de seis anos. O gerente da unidade em Alagoas, Cristiano Maya Gomes, considera estranho o fato de outras unidades hospitalares, como o HDT, cuja instituição mantenedora é a mesma da Santa Mônica, virem efetuando o pagamento em dia . Usina própria O presidente da Uncisal, Telmo Henrique, assegura que não há nenhum risco de a Maternidade Santa Mônica ficar sem oxigênio. De acordo com ele, desde agosto do ano passado, quando a maternidade foi reaberta, 95% do oxigênio utilizado é produzido por uma usina geradora própria e o fornecimento da White Martins é apenas uma reserva técnica para ser usada no caso de haver algum problema com a usina. Henrique reconhece a existência da dívida, mas contesta o valor que está sendo cobrado. “Estamos fazendo uma auditoria para identificar o valor real e encaminhá-lo à Secretaria da Fazenda. Não temos nenhum interesse em deixar de pagar”, assegurou. O presidente da Uncisal considera que White Martins está reagindo à quebra do monopólio, já que a empresa, segundo ele, deixou de faturar R$ 25.000 por mês após a instalação da usina.

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