OAB condena mil�cias e pede a��o policial
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), José Areias Bulhões, condenou ontem a existência de milícias armadas que vêm atuando na periferia da capital prestando segurança à população em troca de pagamento. Isso é condenável sob todos os asp
Por | Edição do dia 21/09/2002 - Matéria atualizada em 21/09/2002 às 00h00
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), José Areias Bulhões, condenou ontem a existência de milícias armadas que vêm atuando na periferia da capital prestando segurança à população em troca de pagamento. Isso é condenável sob todos os aspectos, porque daqui a pouco eles estão prendendo e matando, afirmou. Pelo menos nove casos de assassinatos, acontecidos em bairros que margeiam a Lagoa Mundaú e apontados como misteriosos, são atribuídos a essas milícias. Para Areias Bulhões, as milícias estão fazendo papel dos órgãos de segurança e a qualquer momento a situação pode fugir de controle, disse, acrescentando que para impedir que isso aconteça o Estado tem que intervir rapidamente a fim de acabar com esse tipo de segurança particular. Mas o presidente da OAB/AL reconhece que a onda de violência na periferia da capital vem crescendo assustadoramente devido ao tráfico e consumo de drogas, deixando a população amedrontada. Para inibir essa violência, é preciso que a Secretaria de Defesa Social aumente o efetivo nas delegacias e o policiamento na periferia, comentou, acrescentando que a OAB irá pedir uma audiência com o secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo, a fim de solicitar essas providências. De acordo com Areias Bulhões, na visita que vem realizando a alguns bairros carentes, a entidade sempre recebe apelos de lideranças comunitárias, que reclamam da insegurança que reina nas suas comunidades por conta do tráfico de drogas. É preciso adotar providências imediatas para que a população possa ter mais segurança, concluiu.