Os trabalhadores da educação do município de Maceió realizaram, ontem, um dia de paralisação em defesa da atualização do pagamento salarial, reposição de 8,71% e uma ampla revisão no Plano de Cargos e Carreira. Liderados pelo sindicato da categoria – Sinteal, eles estiveram reunidos pela manhã com a secretária Ana Dayse, agendaram algumas discussões setoriais sobre a pauta de reivindicações e tiveram um indicativo de serem recebidos em audiência pela prefeita Kátia Born, no próximo dia 9. Hoje as escolas públicas municipais voltam a funcionar normalmente. Segundo Lenilda Lima, presidenta do Sinteal, o movimento já apresenta os primeiros resultados. Ontem saiu publicada no Diário Oficial a nomeação da comissão de revisão do Plano de Cargos e Carreira, reivindicada pela categoria. Instituído em 1998, o PCC tem uma série de falhas apontadas pelo sindicato, entre elas o não enquadramento dos aposentados na faixa de final de carreira e a exclusão do pessoal administrativo. “Nós queremos um PCC que incorpore todo o pessoal da educação, desde a merendeira até o magistério. Senão vão se repetir situações como no ano passado, em que o magistério teve reajuste; o pessoal administrativo recebeu gratificação e os aposentados nada receberam” – diz Lenilda. Outro ponto de discussão é a questão da descentralização dos recursos da Semed, conseguida em 2001. De lá para cá, segundo Lenilda, a categoria vem tentando, sem sucesso, obter os resultados práticos dessa medida – uma delas seria o estabelecimento de um calendário que aproximasse o pagamento do fim do mês. “Atualmente o pagamento começa no dia 11 do mês subseqüente e só termina no final do mês, o que é um absurdo”, reclama Lenilda. Hoje, às 14 horas, o sindicato tem uma reunião agendada com o setor financeiro da Semed para avaliar recursos e gastos da Educação, num reivindicado processo de transparência. Outra reunião está sendo agendada com a Procuradoria Geral do Município.