Em greve há quase um mês, os policiais civis promovem hoje um dia de luta pelo não cumprimento da data-base da categoria. O protesto acontece na porta do Palácio dos Martírios, a partir das 8 horas, fazendo um enterro simbólico da Secretaria de Defesa Social, após um café da manhã. Segundo o sindicato, o dia de luta tem por finalidade mostrar à sociedade alagoana o “descaso do governo em resolver a questão salarial da categoria”. Até agora, eles não receberam nenhuma proposta salarial. Também hoje o Sindpol realiza uma assembléia de avaliação do movimento, que não conseguiu paralisar todas as delegacias. Votação O sindicato recebeu ontem a informação de que o secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo, teria ordenado aos policiais que atuam no Tático Integrado de Operações Especiais (Tigre), Operações Táticas Integradas (Coti) e Operação Policial Litorânea (Oplit) e também aos seus seguranças para que participem hoje da assembléia da categoria e votassem pelo fim do movimento. Para a diretoria do Sindpol, “esse ato é considerado uma atitude autoritária, arbitrária e sectária, com características da ditadura militar, praticado por um importante membro do Ministério Público, que deveria zelar pelo estado democrático de direito”, afirma o release do Sindpol. A entidade critica ainda o secretário por utilizar “manobras escusas para dissolver uma greve considerada legal pelo Judiciário alagoano e com o apoio da sociedade”. Os policiais entraram em greve reivindicando reajuste salarial de 38%, o mesmo percentual concedido aos delegados. Eles querem ainda o aumento do número de horas do adicional noturno.