Usinas n�o podem queimar cana pr�ximo de �rea urbana
O promotor de Justiça do Núcleo de Meio Ambiente Jorge Dória revelou que, durante reunião realizada ontem, entre o Ministério Público (MP), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), representantes do setor sucroalcooleiro e do Instituto Brasil
Por | Edição do dia 24/09/2002 - Matéria atualizada em 24/09/2002 às 00h00
O promotor de Justiça do Núcleo de Meio Ambiente Jorge Dória revelou que, durante reunião realizada ontem, entre o Ministério Público (MP), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), representantes do setor sucroalcooleiro e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), ficou acertado que as usinas não poderão queimar cana numa distância de 1 km de qualquer aglomerado urbano. Ele disse, ainda, que as usinas vão mecanizar 25% de suas áreas, mas absorvendo 80% da mão-de-obra. Jorge Dória explicou que há mais de cinco anos o MP vem se preocupando com as queimadas nos canaviais do Estado. Além de comprometer o solo, o ar, a fauna e a água, elas causam danos graves à saúde das pessoas, acrescentou. Por isso, a Procuradoria do Trabalho, o MP e outros órgãos criaram, na última sexta-feira, um fórum sobre Meio Ambiente do Trabalho, com o objetivo de discutir e encontrar soluções a este e outros problemas, destacou o promotor. Desemprego Jorge Dória afirmou que parte da cana será colhida por meio de máquinas, e parte será colhida manualmente, sem queimadas (cana crua). Como algumas indústrias estão instaladas em áreas acidentadas, que não permitem o uso da máquina, absorverão a mão-de-obra, ressaltou o promotor, acrescentando que por isso não há que se falar em desemprego.