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Nº 5904
Cidades

Entidade assistencial faz festa para lembrar o Dia do Idoso

Os idosos da Casa do Pobre, no Vergel do Lago, estão em clima de festa. Ontem eles tiveram uma comemoração antecipada do Dia do Idoso promovida pelo Lions Clube Maceió Mundaú. Hoje, a própria Casa do Pobre programou algumas atividades para continuar a

Por | Edição do dia 27/09/2002 - Matéria atualizada em 27/09/2002 às 00h00

Os idosos da Casa do Pobre, no Vergel do Lago, estão em clima de festa. Ontem eles tiveram uma comemoração antecipada do Dia do Idoso promovida pelo Lions Clube Maceió Mundaú. Hoje, a própria Casa do Pobre programou algumas atividades para continuar a comemoração. A ordem é levar alegria, calor humano e um pouco de alento a quase uma centena de velhinhos e velhinhas que buscam estabelecer entre si os laços de uma nova família. Carinho “Nós procuramos estar presentes trazendo carinho, roupas, medicamentos e em todas as datas comemorativas nós estamos aqui, fazendo a festa”, diz Lavínia Galindo, presidente do Lions. Fundada há 70 anos, a casa abriga 80 velhinhos e é mantida através de convênio com a Secretaria Municipal de Cidadania e Ação Social, através de recursos federais, e de doações. Mais recursos Segundo o diretor Cláudio Barbosa, lá os idosos têm assistência médica, terapêutica, alimentação, higiene e vivem em regime de abrigo. A capacidade, segundo ele, poderia chegar a 100 pessoas, mas os recursos não são suficientes para ampliar a população de internos. Abrigados lamentam ausência da família A sra. Ananias Maria da Conceição tem 78 anos e poucos sonhos. Um deles, que julgava encerrado desde a adolescência, foi realizado ontem: foi eleita a rainha da primavera da Casa do Pobre, vencendo duas outras concorrentes, durante a festa em comemoração ao Dia do Idoso, promovida pelo Lions Clube Maceió Mundaú. Há dez meses, Ananias decidiu abandonar a solidão e passou a morar na Casa do Pobre. Não tem filhos e seu único familiar é um irmão, com quem residia antes. Ela foi para o abrigo por vontade própria e diz que a decisão a fez nascer de novo. Saudades? “Nenhuma. Não deixei nada lá fora. Aqui eu tenho amigos e a solidão acabou. Não sinto falta de nada”, diz. Assim como ela, vive quase uma centena de idosos que buscam estabelecer entre si os laços de uma nova família. Alguns, dizem que a vida está melhor, outros não escondem a tristeza de viver longe da verdadeira família, e ainda remoem as saudades do mundo que ficou do lado de fora. Ontem, Dia do Idoso, era dia de alegria, de dança, de festa. E como era quinta-feira, muitos receberam o mais precioso dos presentes: a visita dos familiares. “É uma alegria, toda quinta-feira, quando vem alguém da família me visitar”, diz Maria Emília Costa. Ao lado da neta e do bisneto ela era toda felicidade. Ela morava com eles e há dois meses se mudou para a Casa do Pobre. “Estava doente, necessitando de cuidados. Aqui tem tudo o que preciso. Mas sinto saudade do que deixei lá fora, principalmente da família”, destaca ela.

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