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Nº 5900
Cidades

Morador da Grota do Cigano est� sem �gua h� tr�s meses

Com lata d’água e baldes na cabeça, moradores da parte baixa da Rua São Jorge, na chamada “Grota do Cigano”, no bairro do Jacintinho, periferia de Maceió, reclamam que não recebem água potável nas torneiras de suas residências há pelo menos três meses

Por | Edição do dia 27/09/2002 - Matéria atualizada em 27/09/2002 às 00h00

Com lata d’água e baldes na cabeça, moradores da parte baixa da Rua São Jorge, na chamada “Grota do Cigano”, no bairro do Jacintinho, periferia de Maceió, reclamam que não recebem água potável nas torneiras de suas residências há pelo menos três meses. Como forma de resolver o problema, elas contam que apelam para o improviso, como a emenda de mangueiras a partir de residências de outras ruas. “A gente puxa água para um tonel em determinada residência e, de lá, para encher os baldes de milhares de residências”, conta o segurança Josuel da Silva. Ele diz também que não recebe água nas torneiras de sua residência há mais de dois meses. “A gente perde muito tempo para encher baldes e panelas. A utilização do líquido, no entanto, se dá de forma racionada e nem sempre conseguimos tomar um banho de qualidade”, confessa. Numa das travessas da Rua São Jorge, a cena mais comum é a fileira de adultos e crianças em busca da água que desce ladeira no improviso das mangueiras instaladas por alguns moradores. A improvisação, segundo o morador Carlos Roberto dos Santos, é a única fonte de captação de água para tomar banho e cozinhar. Quem também se queixa das adversidades advindas da falta d’água é a dona de casa Jovanice Gonçalves da Silva. “Quem mais sofre são minhas três crianças. Elas nem sempre têm água para tomar banho e, às vezes, sou obrigada a mandá-las para a escola suadas. Elas reclamam, mas nada posso fazer”, reclama a dona de casa. Casal explica que mudança de tubulação provoca falta de água A direção da Companhia de Abastecimento d’Água e Saneamento de Alagoas (Casal) disse que os bairros de Ponta Grossa, Trapiche da Barra e Prado estão sendo beneficiados com o programa de substituição de redes de distribuição de água. Esse programa, desenvolvido pela Casal, tem o objetivo de melhorar o abastecimento, prejudicado pela tubulação antiga, que provoca vazamentos e até mesmo desabastecimento, conforme esclareceu o diretor de Operação da companhia, engenheiro Walace Padilha. Ele ressaltou que algumas ruas do Trapiche, que ficam nas proximidades da Unidade de Emergência, estão com os trabalhos de troca de rede em andamento. Para fazer a substituição, a Casal interrompeu, temporariamente, o abastecimento. “Mas já na próxima semana a situação naquela área estará normalizada”, garantiu Padilha. Também a Casal, que já substituiu a rede da Rua Milton Ramires, fará o mesmo trabalho na Rua Ari Pitombo, ambas no Trapiche. Além dessas ruas, outras localizadas na parte baixa sul de Maceió  estão recebendo substituição de  rede, como é o caso da Miguel  Omena, em Ponta Grossa, 1o de Maio e São Domingos, no Prado, e  Adauto Barbosa e Capitão Cantuária (Vila Militar), no Trapiche. As redes antigas de ferro fundido, que provocam vazamentos e desabastecimento, estão sendo trocadas por outras, de PVC, que são mais duráveis e resistentes. Para a troca de rede, de acordo com Padilha, a Casal é obrigada a interromper o abastecimento até a conclusão dos servidores. Ele afirma que isso gera transtornos, mas que os benefícios são muito maiores.

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