Dona de casa reclama que espera atendimento m�dico h� 90 dias
A dona de casa Maria Nazaré da Silva, moradora do bairro da Santa Lúcia, denunciou, ontem pela manhã, que tenta há mais de 90 dias, sempre em vão, ser atendida por uma médica cardiologista no Posto de Atendimento Médico (PAM/ Salgadinho), vinculado à
Por | Edição do dia 01/10/2002 - Matéria atualizada em 01/10/2002 às 00h00
A dona de casa Maria Nazaré da Silva, moradora do bairro da Santa Lúcia, denunciou, ontem pela manhã, que tenta há mais de 90 dias, sempre em vão, ser atendida por uma médica cardiologista no Posto de Atendimento Médico (PAM/ Salgadinho), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde de Maceió. Hipertensa e com problemas cardíacos, Nazaré era uma das centenas de pessoas menos abastadas que, a cada dia, engrossam a fila dos que chegam de madrugada e clamam pelo atendimento médico necessário ao tratamento das mais diversas enfermidades. Marquei a primeira consulta para o dia 10 de junho. Nesse dia, a médica faltou. Aí, remarquei para o dia 10 de julho. A médica também não compareceu e prorrogaram o prazo por mais 30 dias. Mais de 90 dias depois, ainda não consegui ser atendida. É humilhante depender do poder público que não funciona para tratar de sua saúde, reclamou Maria Nazaré da Silva. Há 90 dias tento ser atendida e não consigo. Sofro de problemas cardíacos e sou hipertensa. Não sei quando vou ser atendida. Como não posso pagar um planto de saúde, vou esperar e esperar. Só espero que não seja tarde demais e se daqui para frente eu morrer e não receber a assistência, culpo a prefeita dessa cidade, avisou a dona de casa. As reclamações referentes à má qualidade no atendimento à população que depende do PAM-Salgadinho não é exclusividade de dona Nazaré. Cheguei às sete da manhã e, depois de enfrentar a fila, não consegui marcar a consulta do coração. Disseram-me que voltasse amanhã (hoje), reclamava dona Maria da Conceição Silva, 59 anos, moradora de Marechal Deodoro.