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Nº 5759
Cidades

Serventu�rios podem parar a partir de 6� feira

Os serventuários da Justiça realizam uma assembléia, na próxima sexta-feira, às 9 horas, na sede do Sindicato dos Serventuários e Funcionários da Justiça (Serjal), quando podem deflagrar uma greve por tempo indeterminado. Os serventuários reivindicam o

Por | Edição do dia 02/10/2002 - Matéria atualizada em 02/10/2002 às 00h00

Os serventuários da Justiça realizam uma assembléia, na próxima sexta-feira, às 9 horas, na sede do Sindicato dos Serventuários e Funcionários da Justiça (Serjal), quando podem deflagrar uma greve por tempo indeterminado. Os serventuários reivindicam o pagamento de uma diferença salarial de 1995, correspondente a 102,95%, sendo que até agora só foram aplicados 30%, restando 72,95%. O sindicato também questiona o resultado do concurso público para o Tribunal de Justiça, que pode representar a demissão de 600 servidores não estáveis. “Além do pagamento dessa diferença de 95, queremos também um reajuste salarial, pois os salários dos serventuários apresentam uma defasagem de 80%, já que há oito anos não temos aumento”, reclama o presidente do Serjal, Edmilson Rocha. Ele informou que há duas ações na Justiça para aplicação do percentual de 11,98%, já concedido aos servidores do Judiciário Federal, e também mais 10,48% referente ao IPCR, que deve ser aplicado pelo governo federal. Em relação à diferença salarial de 95, Rocha informou que o sindicato está tentando receber administrativamente, mas até hoje o presidente do Tribunal de Justiça, Fernando Tourinho, não se pronunciou. “Enquanto isso, já está previsto um novo reajuste para a magistratura. Em três anos, os magistrados já tiveram 100% de reajuste”. O presidente do Serjal afirmou, ainda, que o presidente do TJ se recusa a pagar essa diferença aos servidores que não possuem estabilidade, que correspondem a 70% de todo o quadro de funcionários do Poder Judiciário. “Atualmente, apenas 200 servidores são efetivos e no máximo 400 estáveis. Cerca de 600 servidores não possuem estabilidade”, observa Rocha. A maior preocupação no momento é quanto ao fato de que esses 600 servidores podem ser demitidos, por causa da realização do concurso. “Muitos desses servidores não têm nível universitário e na prova de títulos conta dois pontos para quem tem curso de Direito”, ressalta Rocha. O Serjal entrou com um mandado de segurança e uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) pedindo a anulação do edital do concurso que até agora não foram julgadas. Se a greve for deflagrada será a segunda enfrentada pelo presidente do TJ, Fernando Tourinho, em sua gestão. Edmilson Rocha garante que mesmo com a deflagração da greve não haverá prejuízo ao processo eleitoral, que acontece no próximo domingo, frisando, ainda, que serão mantidos os serviços considerado essenciais.

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