app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5902
Cidades

Pre�o do macarr�o vai subir 10% em Alagoas

As novas tabelas de preços de macarrão chegam ao varejo, hoje, em todo o Brasil – com aumentos que oscilam de 21% a 25%, em virtude da elevação do dólar em relação ao real, e da redução mundial da oferta de trigo. Segundo o sócio-gerente da fábrica de m

Por | Edição do dia 02/10/2002 - Matéria atualizada em 02/10/2002 às 00h00

As novas tabelas de preços de macarrão chegam ao varejo, hoje, em todo o Brasil – com aumentos que oscilam de 21% a 25%, em virtude da elevação do dólar em relação ao real, e da redução mundial da oferta de trigo. Segundo o sócio-gerente da fábrica de macarrão Pajuçara, Marconde Cavalcante, o reajuste do produto em Alagoas será de, aproximadamente, 10%. Mas ele destacou que o consumidor só sentirá os efeitos do reajuste daqui a um mês. Marconde Cavalcante explicou que a farinha de trigo representa em torno de 70% do custo final do macarrão. “E os constantes reajustes pelos quais vem passando o trigo preocupam os empresários do setor”, ressaltou, acrescentando que todo o Nordeste trabalha com o trigo importado. “A nossa esperança é de que, realmente, o dólar caia”, salientou. Prejuízo “Ainda não podemos calcular o nosso prejuízo com a última alta do dólar”, afirmou Marconde. “Compramos trigo para pagar após seis meses e, por enquanto, estamos utilizando o estoque adquirido no semestre anterior”, complementou. Conforme Cavalcante, com o aumento do macarrão a tendência será as pessoas procurarem uma substituição alimentícia. “Ela costuma ser feita, principalmente, com produtos como o arroz e a soja”, destacou, sem deixar de lembrar ao consumidor que estes também sofrem com a alta do dólar. O sócio-gerente da fábrica Pajuçara considera que a situação ainda não é de alarde. “A população não deve entrar em desespero, pois até chegar ao consumidor o aumento de preço vai demorar cerca de trinta dias”, concluiu. Associação prevê mais aumento de preços nos supermercados Os gêneros alimentícios que sofreram reajustes, em média - de 1,6% em agosto e 2% em setembro -, devem continuar aumentando até o fim do ano nos supermercados pequenos e médios, se o dólar não cair para menos de R$ 3,00. Segundo o presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA), Raimundo Barreto, dentre os produtos que mais sofrem com a alta do dólar estão o trigo e a soja, em virtude das tarifas cobradas pela importação. Raimundo Barreto lembrou que esses produtos são produzidos nacionalmente, mas que são exportados logo em seguida. “Com a venda do trigo e da soja, o mercado interno fica carente, por isso tem de importá-los de outros países, o que representa um sofrimento para a indústria, o supermercado e para o consumidor”, disse o presidente da ASA. Ele destacou que, com o aumento, o que os supermercados estão fazendo é tentar não repassar o reajuste ao consumidor. “Estamos utilizando o que temos de estoque, mas quando este chegar ao fim teremos de repor os produtos”, salientou Raimundo Barreto. “Aí vamos sentar com o fornecedor para ver até que ponto poderemos aliviar os preços, para que o repasse não abale o bolso do consumidor”, enfatizou. Raimundo Barreto afirmou que a briga pelo consumidor existe porque ele é o grande parceiro dos supermercados. “Os donos de supermercados não gostam que os preços dos produtos aumentem, pois isso diminui o poder de compra do consumidor e, conseqüentemente, o nosso lucro”. Solução Segundo Raimundo Barreto, uma das soluções para enfrentar a crise é pesquisar preços, sem considerar marcas. “O salário está congelado e, mesmo o básico, pesa no orçamento”, lembrou a orientadora educacional Josilda Monteiro. A aposentada Maria da Soledad concordou com ela e citou que até pouco tempo fazia feira com R$ 80. “Hoje, com R$ 150, não dá para passar o mês. A carestia está demais”, finalizou.

Mais matérias
desta edição