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Nº 5822
Cidades

Agropecu�ria enfrenta crise

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) demonstram acentuado crescimento do desemprego nos oito primeiros meses deste ano. De janeiro até agosto, 36.546 pessoas conseguiram colocação no mercado de trab

Por | Edição do dia 06/10/2002 - Matéria atualizada em 06/10/2002 às 00h00

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) demonstram acentuado crescimento do desemprego nos oito primeiros meses deste ano. De janeiro até agosto, 36.546 pessoas conseguiram colocação no mercado de trabalho formal; em contrapartida, no mesmo período, outros 58.525 profissionais perderam o emprego sobretudo em setores como agropecuária e indústria de transformação. No total, o saldo negativo foi de -21.979, o que significou variação também negativa de –9,53%. Para o economista Luiz Antônio Cabral, um dos setores que vivem talvez a pior fase de sua história, é o agropecuário, que sofre acelerado processo de mecanização e se mostra altamente carente de políticas públicas capazes de fixar o homem no campo, evitando, dessa forma, a migração para a periferia das grandes cidades e conseqüente proliferação de favelas. 3.595 demissões Exemplo de sua análise são os dados da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), que registrou, nos primeiros oito meses do ano, 933 admissões e 3.594 demissões. O saldo negativo, nesse caso, significou queda de 23,30% nos empregos do setor. Nos últimos 12 meses, a variação também foi de -7,76%: 12.310 admissões e 13.409 demissões. “Sem projeto de desenvolvimento sustentável para o setor primário, como é a agropecuária, o Estado não consegue desenvolvimento e também não resolve seus graves problemas sociais”, arremata o economista Luiz Antônio Cabral. Dividido em setores como extrativa e mineral, serviços de utilidade pública, construção civil, comércio, administração pública, o mapa do desemprego em Alagoas demonstra redução de postos de trabalho ainda em setores como indústria de transformação, serviços e outros. Além do crescimento negativo na agricultura, os dados da evolução por emprego apontam ainda para queda de 27,61% nos postos de trabalho da indústria de transformação de janeiro até agosto deste ano, quando houve 12.141 admissões e 33.718 demissões. O setor de serviços também sofre as conseqüências da queda de poder aquisitivo do alagoano e registra queda de 0,07% no mesmo período. As demais categorias de atividade profissional, inclusas na categoria “Outros”, com queda de 30,91%, também contribuíram para engrossar as estatísticas negativas do desemprego em Alagoas de janeiro até agosto.

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