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Nº 5759
Cidades

120 mil alagoanos est�o � procura de emprego

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Por | Edição do dia 06/10/2002 - Matéria atualizada em 06/10/2002 às 00h00

MAIKEL MARQUES Pesquisador dos motivos pelos quais o Estado de Alagoas não dispõe de projeto de desenvolvimento sustentável a longo prazo para conseqüente geração dos postos de trabalho necessários ao desenvolvimento da população, o economista Luiz Antônio Cabral afirma que o termômetro de quão difícil é encontrar emprego no Estado pode ser medido a partir dos “altíssimos” dados do Sistema Nacional de Empregos (Sine), que tem mais de 120 mil alagoanos cadastrados à espera de uma colocação no mercado de trabalho. “São dados altíssimos e que refletem a falta de dinamismo econômico em segmentos como a agricultura, que está estagnada, e o turismo, em constante queda”, analisa. Na avaliação do economista Luiz Antônio Cabral, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), além da falta de desenvolvimento sustentável em Alagoas, a política neoliberal do governo FHC tem sido determinante para o agravamento e empobrecimento do trabalhador alagoano. Ele diz ainda que a falta de emprego no Estado é fruto da falta de investimentos do Poder Público no que ser refere à política de melhoria da infra-estrutura necessária à atração de indústrias. “Diante da falta de incentivo e de infra-estrutura mínima e necessária à fixação de novas indústrias, os grandes grupos econômicos também contribuem para o aumento do desemprego a partir do momento em que lucram em Alagoas, mas decidem investir em Estados como Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo”, analisa o economista Luiz Antônio Cabral. Sem compromisso No seu entender, a falta de compromisso governamental com políticas de desenvolvimento sustentável deixam o alagoano numa das piores situações econômicas do País. “O povo alagoano está cada vez mais endividado, mais empobrecido e com uma pior qualidade de vida”, ressalta o economista que ilustra suas declarações com um dado alarmante e, segundo ele, fruto do desemprego e queda do padrão de vida: 150 mil alagoanos estão inscritos na Serasa e no SPC. “São pessoas obrigadas cada dia a vender o que tem e mesmo assim não conseguem honrar compromissos como estabelecimentos comerciais, instituições financeiras ou mesmo escolas particulares”, completa. Dentre as dificuldades oriundas da falta de projeto de geração de emprego e renda, Luiz Antônio Cabral aponta ainda, por exemplo, a derrocada das feiras livres do interior. “Elas estão cada vez menores e vendendo muito menos. Como conseqüência, o camponês migra para capital onde não há espaço e muito menos infra-estrutura para recebê-lo”, ressalta.

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