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Nº 5759
Cidades

Processo democratiza acesso � universidade

Alberto Dehon, diretor do Curso Impacto, não acredita que o Processo Seletivo Seriado (PSS) prejudique os alunos de escola pública. “É certo que o estudante de escola pública é menos trabalhado para o vestibular. Mas isso não significa que ele tenha menos

Por | Edição do dia 23/02/2002 - Matéria atualizada em 23/02/2002 às 00h00

Alberto Dehon, diretor do Curso Impacto, não acredita que o Processo Seletivo Seriado (PSS) prejudique os alunos de escola pública. “É certo que o estudante de escola pública é menos trabalhado para o vestibular. Mas isso não significa que ele tenha menos chance, nós temos muitos alunos no cursinho que vieram de escolas públicas e conseguiram êxito no vestibular”, afirmou. Para ele, a maior dificuldade do vestibular para os estudantes do ensino público é com relação ao conteúdo. “É muito difícil uma escola pública chegar ao fim do ano tendo passado todos os assuntos”, disse, completando que “quem vem de uma escola particular, em princípio, tem mais chance porque recebe tudo já mastigado. Mas se o estudante de escola pública correr atrás, esse prejuízo vai acabar”. Dehon afirma que o PSS facilitou a aprovação no vestibular. “O PSS traz até uma vantagem para os alunos da rede pública, porque fica mais fácil para eles cobrarem o conteúdo dos professores”. Ele acrescenta que o maior problema dos estudantes de escolas públicas é a falta de estímulo. “O vestibular é uma forma de medir a capacidade do adolescente, mas um geniozinho não precisa necessariamente ser rico”, declarou, exemplificando que o vencedor do Prêmio de Literatura Arnon de Mello veio de uma escola pública. Para facilitar o ingresso na universidade, Dehon acredita que deveria haver um maior número de vagas. “O número de vagas deveria aumentar, para não elitizar a universidade, embora não deva aumentar demais, porque então a ciência acabaria delinqüida”, afirmou, acrescentando que “quantidade não é o mesmo que qualidade”.

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