loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sexta-feira, 09/05/2025 | Ano | Nº 5963
Maceió, AL
29° Tempo
Home > Cidades

Cidades

Crise amea�a fechar instituto beneficente

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

As dificuldades financeiras enfrentadas pelo Instituto Catarse ? que cuida dos menores de rua de Maceió desde 1994 ? levaram o coordenador do projeto, Walmar Buarque, a pensar em fechar a instituição na última semana. Segundo ele, isso só não ocorreu graças à mobilização das professoras, que, apesar de estarem com os salários atrasados há nove meses, se dispuseram a prosseguir com as atividades. Walmar Buarque explicou que a medida seria tomada em virtude do descaso com que o Estado vem tratando a instituição. ?Caberia ao Estado oferecer vagas nas escolas para tirar as crianças da rua, mas isso não está acontecendo?, afirmou o coordenador, acrescentando que em agosto o Instituto Catarse encaminhou um ofício à Secretaria Estadual de Educação (SEE), fazendo solicitações nesse sentido, mas até agora não obteve resultado. ?Por isso queremos entregar 56 meninos que foram alfabetizados no ano passado (época em que a instituição ainda dispunha do bolsa-escola) ao Conselho Tutelar, com o objetivo de que o mesmo consiga ingressar essas crianças na escola formal, oferecendo-lhes condições de freqüentá-la?, enfatizou. Conselho O Conselho Tutelar, por sua vez, declarou que o desafio proposto pelo Instituto Catarse é salutar. ?A SEE não está cumprindo com sua parte?, lembrou a conselheira Dione Cavalcante, salientando que o órgão já entrou com representação junto ao Ministério Público na última semana. ?O Conselho Tutelar solicitou ajuda ao Ministério Público, porque somente este órgão poderá impor à SEE que encontre uma maneira de colocar esses meninos na escola formal?, complementou. Apesar dos salários atrasados, os voluntários do Instituto Catarse salientam que é confortante ajudar as crianças. ?Não poderíamos deixar de atendê-las?, disse Wilza Lima, professora da instituição há dois anos. Walmar Buarque concordou que fechar a escola seria acabar com um sonho coletivo. ?Sem ter onde estudar, que outro caminho esses meninos esperariam, senão o da violência e do crime??, concluiu.

Relacionadas