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Nº 5822
Cidades

Hospitais acusam SUS de penalizar cardiopatas

Cerca de 300 pacientes cardíacos do Sistema Único de Saúde (SUS) aguardam, nas filas de espera, atendimento cirúrgico ou implantação de marcapasso no Hospital do Açúcar e da Santa Casa de Misericórdia de Maceió – os únicos que respondem pelo tratamento de

Por | Edição do dia 18/10/2002 - Matéria atualizada em 18/10/2002 às 00h00

Cerca de 300 pacientes cardíacos do Sistema Único de Saúde (SUS) aguardam, nas filas de espera, atendimento cirúrgico ou implantação de marcapasso no Hospital do Açúcar e da Santa Casa de Misericórdia de Maceió – os únicos que respondem pelo tratamento desses pacientes no Estado. Mas, segundo os cardiologistas alagoanos, o serviço disponibilizado pelo SUS está sendo desestruturado e, nos últimos cinco anos, não vem conseguindo atender à demanda. O presidente da Sociedade de Medicina de Alagoas, Cleber Costa, explicou que diante do quadro, os profissionais reuniram-se ontem para formalizar ao Conselho Regional de Medicina sua isenção do que possa vir a acontecer a esses pacientes. “Não podemos ver, de braços cruzados, pessoas numa fila, esperando para morrer”, ressaltou, acrescentando que os cardiologistas também reuniram-se para discutir uma forma de cobrar das autoridades médicas uma alternativa. O cirurgião cardíaco José Wanderley Neto lembrou que, há cerca de cinco anos, os recursos eram menores do que os existentes atualmente. “Mesmo assim, a gente não consegue atender, agora, ao mesmo número de pacientes”, enfatizou, complementando que alguma coisa deve estar errada com o sistema de financiamento. “Não agüentamos mais trabalhar desse jeito. O doente cardiopata está sendo altamente penalizado, inclusive com risco de vida, em virtude de um problema do gestor”, salientou. O presidente do Conselho Regional de Medicina, Emmanuel Fortes, apoiou o apelo dos profissionais e afirmou que já entregou um documento ao governo que contém alternativas para solucionar a questão. “O que falta, agora, é o governo diagnosticar os caminhos e definir as prioridades, deixando no paciente a certeza de que ele será contemplado”.

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