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Nº 5759
Cidades

Morre professor e m�dico �lpio Miranda

Alagoas perdeu, ontem, uma das figuras mais ilustres e competentes da medicina no Estado – o oncologista Úlpio Paulo de Miranda Neto. Único alagoano a pertencer ao Colégio Americano de Cirurgiões, ele desenvolveu – entre outras atividades – as chefias

Por | Edição do dia 22/10/2002 - Matéria atualizada em 22/10/2002 às 00h00

Alagoas perdeu, ontem, uma das figuras mais ilustres e competentes da medicina no Estado – o oncologista Úlpio Paulo de Miranda Neto. Único alagoano a pertencer ao Colégio Americano de Cirurgiões, ele desenvolveu – entre outras atividades – as chefias da Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário, unidade que ajudou a fundar, e da Presidência da República durante o governo Fernando Collor. O corpo de Úlpio Miranda, que tinha 61 anos, foi velado no Cemitério Parque das Flores, reunindo parentes, amigos e admiradores. Segundo o ortopedista Sálvio Tadeu, que foi seu aluno na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o médico representava a responsabilidade e importância da profissão. “Como amigo, foi fiel e respeitoso; como colega, um exemplo de dedicação e competência”, destacou. Para o oncologista José Cardoso, médico residente acompanhado por Úlpio Miranda no Hospital Universitário, ele simboliza um marco na história da medicina alagoana. “O professor Úlpio sempre estimulou o interesse científico, doando sua vida pela universidade”, enfatizou, complementando que com sua experiência de vida, o médico enriquecia a todos, nos aspectos profissional e pessoal. “Até no momento de dor e sofrimento ele sempre esteve nos orientando”, enfatizou. Em homenagem ao médico, a direção do HU determinou que o recém-inaugurado setor de quimioterapia receba seu nome. Úlpio Miranda foi professor-adjunto da cadeira de Cirurgia e Oncologia da Ufal; chefe da Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário da Ufal; coordenador em 1973 do Projeto HOPE (navio-hospital americano, que funcionou durante um ano em Maceió); residente do Instituto Nacional do Câncer; membro dos colégios Brasileiro e Americano de Cirurgiões; membro da Academia Alagoana de Medicina; um dos fundadores da Fundação Ari Frauzino (do Instituto Nacional do Câncer); médico-chefe da Presidência da República no governo Fernando Collor. Ele também apresentou vários trabalhos no Brasil e no exterior. Úlpio Miranda deixou três filhos e dois netos. O corpo do médico segue, hoje, para Salvador, onde será cremado. Os restos mortais do oncologista retornam a capital alagoana posteriormente.

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