app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Cidades

OAB condena declara��es de promotor

Mosael Henrique A seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) classificou de “infeliz” a declaração feita pelo promotor Luiz Vasconcelos de que o advogado Welton Roberto trabalha para “botar marginais nas ruas”, enquanto que ele e a Secr

Por | Edição do dia 24/10/2002 - Matéria atualizada em 24/10/2002 às 00h00

Mosael Henrique A seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) classificou de “infeliz” a declaração feita pelo promotor Luiz Vasconcelos de que o advogado Welton Roberto trabalha para “botar marginais nas ruas”, enquanto que ele e a Secretaria de Defesa Social combatem a violência”. A entidade também irá encaminhar expediente ao Ministério Público “reclamando” da postura do promotor, que é assessor especial da Secretaria de Defesa Social. O presidente da Ordem, José Areias Bulhões, afirmou ontem de Brasília que também voltará a solicitar da SDS reforço no policiamento na capital, aumentando o número de agentes, viaturas e de delegacias distritais. “Essas medidas devem ser adotadas principalmente nos fins de semana, quando cresce o número de assaltos”, disse Areias Bulhões. No entendimento do presidente da Ordem dos Advogados, o promotor Luiz Vasconcelos, como integrante do MP, tem que “reconhecer a grandeza da advocacia, que defende a Justiça e não o crime”. Prerrogativa Para o presidente da Comissão de Defesa e Assistência ao Advogado, José Maria Bispo, “o advogado tem o direito de procurar suas prerrogativas de cidadão nos órgãos competentes, conforme fez Welton Roberto ao procurar a polícia e sua instituição de classe”, afirmou. Segundo Bispo, o advogado tem o direito de exercer o pleno cumprimento do exercício profissional, “sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão nos limites da lei”, frisou. O advogado repudiou ainda o afastamento de Welton Roberto da Academia de Polícia devido às críticas que ele fez contra a falta de segurança, após ser vítima de assalto. Welton Roberto voltou a denunciar que houve perseguição contra ele por parte da cúpula da Secretaria de Defesa Social. A pasta teria ordenado o seu afastamento do curso de delegados da Apocal, por causa das críticas que fez ao atual sistema de segurança pública, depois de ter sido vítima de assaltantes. O advogado afirmou que o promotor Luiz Vasconcelos mente ao dizer que seu contrato com a academia terminaria esta semana, pois teria ainda 15 aulas para completar a carga horária que estava programada. “Vou exigir da OAB um ato de repúdio contra o promotor que fez essa declaração absurda de que coloco os marginais nas ruas”, disse, acrescentando que “advogado não solta ninguém”. “Quem solta preso é a Justiça. Então o promotor vai dizer agora que o Poder Judiciário é conivente. Ele vai ter que se redimir pela sua declaração” – afirmou Welton Roberto. Promotor entende que críticas seriam internas Ana Márcia O promotor Luiz Vasconcelos, assessor da Secretaria de Defesa Social, após reafirmar ontem em entrevista que a exoneração do advogado Welton Roberto do cargo de professor do curso de formação policial, da Academia de Polícia Civil, foi apenas uma coincidência, fez críticas à conduta dele (Welton). Segundo Vasconcelos, o advogado tem tido trânsito livre na Secretaria e poderia ter feito as críticas diretamente. “Ele não deveria ter feito críticas ao sistema se faz parte dele, e não poderia estar formando pessoas, dentro de uma sala de aula, e ter uma avaliação equivocada desse sistema”, disse Luiz Vasconcelos. Welton Roberto foi vítima, no último fim de semana, de um seqüestro relâmpago, ao sair de um supermercado em Mangabeiras, no qual foi obrigado, junto com sua mulher, a dirigir por uma hora para bandidos que roubaram dois postos de combustíveis e um minimercado. Ao procurar o CIAPC para prestar suas queixas, o advogado disse ter se deparado com boa vontade dos policiais de plantão, mas também com a total falta de estrutura e condições de trabalho. Mas Luiz Vasconcelos explicou que o curso teve o encerramento antecipado, “para que esses homens atuem nas ruas, inclusive no 2º turno das eleições”. Ele explicou, ainda, que Welton Roberto, assim como outros professores, foram convidados para ministrar aulas por um período determinado, sem vínculo ou contrato.

Mais matérias
desta edição