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Nº 5822
Cidades

Gestantes e beb�s de alto risco est�o sem atendimento

O Hospital Universitário (HU) e a Maternidade Santa Mônica fecharam suas portas para atendimento às parturientes que derem à luz bebês prematuros e que necessitem de internamento de urgência em suas unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. “Estam

Por | Edição do dia 24/10/2002 - Matéria atualizada em 24/10/2002 às 00h00

O Hospital Universitário (HU) e a Maternidade Santa Mônica fecharam suas portas para atendimento às parturientes que derem à luz bebês prematuros e que necessitem de internamento de urgência em suas unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. “Estamos com superlotação desde a última terça-feira. Nossa capacidade é de 10 leitos, mas estamos com 14 bebês internados em estado grave”, afirma o diretor- médico do Hospital Universitário, médico João Macário de Omena. Ainda de acordo com o diretor, algumas mães com gravidez de alto risco e prestes a dar à luz crianças prematuras não vão encontrar vagas na UTI Neonatal. Como os municípios do Interior não dispõem de UTI Neonatal, João Macário afirma que o HU tem dificuldade para atender os bebês internados, em virtude da falta de sondas de aspiração. “As que estamos utilizando foram emprestadas por colegas da iniciativa privada”, revela o diretor. Segundo João Macário, o Sistema Único de Saúde (SUS) destina apenas R$ 164,00 pelo dia de internamento de um bebê, enquanto a iniciativa privada cobra até R$ 1.500. A situação também é considerada grave na Maternidade Santa Mônica, que tem oito leitos de UTI Neonatal, mas está com 11 bebês internados. “Os leitos estão sempre lotados. O berçário intermediário, com capacidade para 24 crianças, também está superlotado”, revela a médica Junko Bezerra. Ela diz que a maternidade não pode receber mais nenhuma criança. Secretários dizem que gestante do Interior provoca superlotação O secretário municipal de Saúde, Adeilson Loureiro, considera que o número de leitos disponibilizados em Maceió é suficiente para atender à demanda. “A superlotação acontece por causa do grande número de gestantes que vem do Interior”, explica. “Para minimizar essa situação, estamos aguardando a inauguração da UTI Neonatal de Arapiraca”, acrescentou. Já o secretário estadual, Álvaro Machado, afirmou que estão sendo tomadas todas as providências para duplicar o número de leitos da UTI Neonatal da Maternidade Santa Mônica. “Além disso, estamos providenciando a abertura das UTIs Neonatais de Arapiraca e Palmeira dos Índios, cada uma com sete leitos”, ressaltou, complementando que a primeira UTI Neonatal a ser colocada em funcionamento deverá ser a de Palmeira dos Índios, em razão do avanço da obra. “Até o fim de novembro devemos estar inaugurando a unidade de Palmeira dos Índios. Estamos aguardando, apenas, a chegada de poucos equipamentos e a disponibilização de pessoal”, afirmou Álvaro Machado. Ele afirmou, ainda, que está discutindo com o Ministério da Saúde a liberação de recursos para o custeio dessas UTIs. “Para que até o fim do ano a gente tenha uma certa estrutura em Alagoas”, salientou o secretário, enfatizando que as causas para o elevado índice de crianças necessitando de atendimento na UTI Neonatal são a gravidez de risco e a prematuridade. “À medida que melhorarmos a assistência à gestante (neonatal) e a assistência ao parto, estaremos diminuindo a necessidade de tratar crianças recém-nascidas no âmbito da UTI”, finalizou Álvaro Machado.

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