A polêmica envolvendo o advogado Welton Roberto e a cúpula da Secretaria de Defesa Social será levada ao conhecimento de advogados criminais do País durante um encontro da categoria a ser realizado em Curitiba, em data ainda a ser marcada. “Irei denunciar na tribuna livre a postura do promotor Luiz Vasconcelos, que chegou a afirmar que eu trabalho para colocar marginais nas ruas”, disse Welton, que é presidente da associação local. Ao repudiar a atitude do promotor, -“que não foi uma posição do Ministério Público”, - ele disse que Vasconcelos “tem uma visão deturpada e não enxerga a grandeza do trabalho exercido pelo advogado, que também combate a criminalidade e presta apoio às vítimas de crime”, comentou, acrescentando: “Defendemos a Justiça e não os criminosos”. No encontro, Welton Roberto disse que irá denunciar a falta de parlatório – local reservado para que o advogado atenda o cliente – nos presídios do Estado. “É obrigatório por lei que todo presídio tenha uma sala específica para que nós possamos conversar com o preso, mas em Alagoas a medida não vem sendo cumprida”, afirmou, acrescentando que no Presídio Baldomero Cavalcanti os advogados se encontram com o cliente no refeitório. Revista A quebra de sigilo bancário, falta de critérios técnicos na decretação de prisão temporária preventiva, divulgação de nomes de pessoas que ainda não foram condenadas e imposição de revista aos advogados quando na visita a presos, apesar de a medida ser proibida por lei, são as principais questões a serem debatidas no encontro de advogados criminalistas. Com relação à revista aos advogados, Welton Roberto disse que a medida foi adotada nos presídios alagoanos, após ter havido rebeliões e motins de presos no Baldomero Cavalcanti e São Leonardo. “Mas agora a revista foi revogada”, disse.