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Nº 5759
Cidades

“Mulher brasileira deve cobrar sua participa��o nos primeiros escal�es do governo”

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente da República abre concretas possibilidades de crescimento da mulher brasileira, que deve, inclusive, cobrar sua participação nos primeiros escalões do novo governo. Com essa avaliação, a desembargadora

Por | Edição do dia 03/11/2002 - Matéria atualizada em 03/11/2002 às 00h00

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente da República abre concretas possibilidades de crescimento da mulher brasileira, que deve, inclusive, cobrar sua participação nos primeiros escalões do novo governo. Com essa avaliação, a desembargadora Elizabeth Carvalho Nascimento destacou a importância da mulher na campanha eleitoral que terminou recentemente. Especificamente no caso do presidente eleito, ala afirmou que a militância feminina foi decisiva para que Lula conquistasse o mandato. “Vimos mulheres dos mais diversos segmentos envolvidas na campanha do presidente eleito. Eram sindicalistas, estudantes, donas-de-casa, profissionais liberais. E isso pode ser justificado pelo desejo delas de conquistarem novos espaços”, argumenta a desembargadora, defendendo que o presidente eleito adote uma política de educação capaz de eliminar o analfabetismo no País. A mulher é mais duramente prejudicada por essa mazela social. A falta de instrução limita e atrasa os avanços femininos, obrigando a mulher a desenvolver uma luta permanente por seus direitos e por novas conquistas no esforço pela igualdade com o homem. Essa conclusão é de uma mulher que, na sua profissão, chegou ao topo. Da atuação como advogada à nomeação para o Tribunal de Justiça de Alagoas, a juíza Elizabeth Nascimento é uma unanimidade no Judiciário alagoano. Sua indicação foi recebida com entusiasmo também pelos movimentos feministas, que saudaram a nomeação dela como importante conquista da mulher alagoana. Mesmo satisfeita com o reconhecimento a seu desempenho profissional, Elizabeth Nascimento não é otimista a ponto de dizer que os avanços registrados no País, significam que a mulher brasileira conquistou seu espaço e pode encostar as bandeiras de luta. “O fim da luta vai demorar. Ainda há muito espaço a ser conquistado”, afirma ela, que aponta o estabelecimento de uma política pública de educação e alfabetização, principalmente, como caminho para a superação dos obstáculos que as mulheres enfrentam. Essa política, acrescenta a desembargadora, deve ser a prioridade de todos os governantes, do presidente da República aos prefeitos. Por isso, ela defende a participação da mulher nos órgãos de decisão em todas as instâncias de governo, onde vão mostrar que têm competência e sensibilidade. “Nós mulheres temos percepção de alguns problemas que o homem não consegue ter”, argumenta Elizabeth Nascimento.

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