O dia de ontem foi de expectativa para a população que permanecia ocupando as residências do conjunto. Com o fim do prazo para a desocupação das casas, havia o receio de que as tropas da Polícia Militar seriam enviadas ao local para fazer o despejo à força dos moradores. Muitos deixaram de trabalhar para ficar em casa. “Eu trabalho lavando roupa, mas hoje não fui porque fiquei com medo de sair de casa e, na volta, ter sido despejada. Não posso sair daqui, não tenho para onde ir com a minha família”, reclamou Josolene Dantas. A reportagem entrou em contato com a Companhia da Polícia Militar de Viçosa, que declarou não ter recebido nenhuma ordem relacionada ao despejo dos moradores do Conjunto Santa Ana. O Centro de Gerenciamento de Crises da PM informou que, antes do envio de tropas para o local, irá tentar negociar a saída pacífica das casas invadidas. Uma equipe de negociadores deverá se reunir hoje com os moradores, para tentar chegar a um acordo que não leve ao uso da força.