Ventos fortes provocam falta de energia na orla
Os ventos Nordeste têm se constituído em inimigo número um dos consumidores de energia elétrica da orla de Maceió. Segundo o superintendente da Ceal, Miguel Filho, o fenômeno da natureza é o principal responsável pelas quedas de energia nos bairros da or
Por | Edição do dia 08/11/2002 - Matéria atualizada em 08/11/2002 às 00h00
Os ventos Nordeste têm se constituído em inimigo número um dos consumidores de energia elétrica da orla de Maceió. Segundo o superintendente da Ceal, Miguel Filho, o fenômeno da natureza é o principal responsável pelas quedas de energia nos bairros da orla, a exemplo do que aconteceu na madrugada e parte da manhã da última segunda-feira, quando trechos da Jatiúca e Cruz das Almas ficaram sem energia por mais de 4 horas. Segundo Miguel Filho, quando o vento é soprado no sentido Nordeste traz consigo uma imensa carga de salinidade que forma uma crosta em equipamentos fundamentais como chaves, porta-fusíveis e isoladores, anulando sua eficácia no trabalho de isolamento entre áreas. A crosta liga uma extremidade a outra provocando curto-circuitos e, em conseqüência, a interrupção no fornecimento de energia, explica ele. A área mais afetada é Cruz das Almas e Jacarecica, mas toda a orla de Maceió acaba sofrendo os efeitos do vento Nordeste. É um complicador a mais que se soma a outros transtornos considerados normais, como a queda de árvores ou de palhas de coqueiro na rede, observa. Para reduzir os efeitos da salinidade a Ceal só tem um tratamento: a lavagem da área afetada. E como ela é feita com a rede energizada (para evitar a suspensão do fornecimento de energia) é considerado um trabalho extremamente perigoso, que é executado por um robô que se aproxima da área afetada e joga jatos de água.